Futuros do milho recuam na B3 sentindo peso do dólar nesta 4ªfeira

Publicado em 11/01/2023 16:51
Chicago fecha estável à espera do USDA

Logotipo Notícias Agrícolas

A quarta-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho registrando leves recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,62 e R$ 92,15. 

O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,62 com perda de 0,39%, o março/23 valeu R$ 92,15 com desvalorização de 0,61%, o maio/23 foi negociado por R$ 91,74 com baixa de 0,28% e o julho/23 tinha valor de R$ 89,35 com queda de 0,17%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o dólar mais fraco hoje ante ao real acabou tirando peso da B3 nesta quarta-feira, com o mercado seguindo sem grandes novidades. 

“Ainda são cotações boas e históricas para o começo de ano entre R$ 84,00 e R$ 90,00. Esse é o patamar do mercado de porto hoje de julho a dezembro e há muito interesse de compra pelo milho brasileiro porque não tem milho no internacional e isso dá uma segurança de demanda ao produtor brasileiro”, afirma Brandalizze. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho deve ter negociações voltadas à exportação, que poderá ser fomentada por eventuais altas do dólar frente ao real e possíveis ganhos na Bolsa de Chicago. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou poucas altas e baixas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Castro/PR, Itapetininga/SP e Porto Santos/SP. Já as valorizações apareceram nas praças de Panambi/RS, Palma Sola/SC e Brasília/DF. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o preço do milho segue firme no mercado físico, motivado pelo forte fluxo de exportação e o grão é comercializado na média de R$ 87,00/sc em Campinas/SP”. 

A SAFRAS & Mercado aponta que, no cenário interno, a menor disponibilidade de oferta, com a boa demanda externa, deve contribuir para preços sustentados. 

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado apresentou poucas ofertas e compradores apostando em alguma baixa. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta quarta-feira com os preços internacionais do milho futuro se movimentando pouco, mas ainda tendo leves avanços nas principais cotações. 

O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,56 com valorização de 1,00 ponto, o maio/23 valeu US$ 6,55 com alta de 0,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,48 com elevação de 0,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,05 com ganho de 0,25 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira (10), de 0,15% para o março/23 e de 0,15% para o maio/23, além de estabilidade para o julho/23 e para o setembro/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho subiram, sustentados por preocupações com as safras reduzidas na América do Sul devido ao clima e com as apostas dos traders antes dos novos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

“O mercado está se recuperando um pouco antes do relatório de amanhã. Continuamos a observar o clima argentino. As chuvas que tiveram foram as anunciadas, ainda sem cobertura suficiente para resolver o problema, e a previsão de médio prazo ainda parece preocupante”, disse à Reuters, Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado do Zaner Group. 

A publicação ainda destaca que o Commodity Weather Group espera “clima quente e principalmente seco em dois terços do cinturão agrícola da Argentina nos próximos 10 dias, acumulando mais estresse na região atingida pela seca”. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário