De olho na demanda e acompanhando o petróleo, milho despenca 2,5% em Chicago nesta 4ªfeira
A quarta-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram e flutuaram na faixa entre R$ 87,93 e R$ 92,89.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,93 com baixa de 0,09%, o março/23 valeu R$ 92,89 com queda de 0,77%, o maio/23 foi negociado por R$ 91,10 com desvalorização de 1,08% e o julho/23 teve valor de R$ 89,73 com perda de 0,34%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 levemente em queda seguiu as movimentações de Chicago nesta quarta-feira, mas não houve muitas mudanças no mercado brasileiro.
“O mercado de balcão gaúcho hoje variou de R$ 84,00 a R$ 85,00, mais alto em relação aos dias anteriores porque a seca está afetando ainda mais no Rio Grande do Sul. Já Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerias têm condições um pouco melhores para a safra dentro da normalidade e preços entre R$ 86,00 e R$ 88,00”, aponta o analista.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou elevações neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas no Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “iniciando 2023 equilibrado, o milho segue comercializado na faixa dos R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”
O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta que, “a alta do dólar frente ao real chamou a atenção ao dos mercados no início de 2023. Isto pode ajudar a sustentar o cereal”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) teve uma quarta-feira bastante negativa para os preços internacionais do milho futuro que acumularam recuos de até 2,54%.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,53 com desvalorização de 16,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,54 com perda de 16,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,49 com baixa de 15,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,09 com queda de 12,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (03), de 2,54% para o março/23, de 2,39% para o maio/23, de 2,26% para o julho/23 e de 2,09% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos atingiram mínimas de duas semanas nesta quarta-feira, com preocupações sobre o enfraquecimento da demanda pairando sobre os mercados de commodities.
“As preocupações dos investidores com os ventos econômicos contrários, incluindo o impacto de uma onda de casos de COVID-19 na China, estão encorajando a venda de commodities”, disseram analistas ouvidos pela Reuters.
Outro fator que influenciou a queda do milho hoje, na visão de Vlamir Brandalizze, foi porque o cereal sofre mais diante das quedas do petróleo, uma vez que grande parte do milho estadunidense é utilizado para fazer etanol.
“O etanol é balizado pelo preço do petróleo, do diesel e da gasolina. Com o petróleo caindo cerca de 10% nos últimos dois dias, isso afeta muito o milho”, explica.
Por outro lado, o analista ressalta que os fundamentos do milho seguem fortes. “A última safra mundial foi menor do que o consumo e há um consumo de estoques nesse momento. A Argentina também está sofrendo com o milho perdendo potencial produtivo e, pelo menos, de 5 a 6 milhões de toneladas já foram perdidas”, analisa Brandalizze.
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