Milho segue o trigo e sobe em Chicago, mesmo limitado pela economia
A quinta-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho praticamente inalterados na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,89 e R$ 91,45.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,89 com queda de 0,11%, o março/23 valeu R$ 91,45 com alta de 0,07%, o maio/23 foi negociado por R$ 90,99 com elevação de 0,23% e o julho/23 teve valor de R$ 88,40 com ganho de 0,11%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 tem fundamentos altistas e poderia ter registrados ganhos nesta quinta-feira que teve avanços das cotações em Chicago, dólar em alta ante ao real e portos com bons níveis de preços.
“O porto está ao redor de R$ 89,00 e R$ 91,00 para embarques em janeiro e fevereiro, R$ 92,00 para março e entre R$ 86,00 e R$ 89,00 lá para agosto. O balcão gaúcho segue em R$ 88,00 e o balcão catarinense, paranaense, paulista e mineiro entre R$ 78,00 e R$ 85,00”, relata Brandalizze.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de movimentação mais calma nas negociações devido a baixa do dólar frente ao real e pelo recuo nos preços da Bolsa de Mercadorias de Chicago nos últimos dias.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, destaque e surpresa para a retomada da intenção de compra de exportadores agora a preços de R$ 90,00 a R$ 93,00 a saca entre janeiro e março. “Este fato pode realmente gerar um ambiente altista interno nas próximas semanas”, afirmou.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com os negócios reduzindo o ritmo neste final de ano, o milho segue estável no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) a quinta-feira foi dia de pregão positivo para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,53 com valorização de 3,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,53 com alta de 2,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,49 com elevação de 2,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,11 com ganho de 2,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (14), de 0,46% para o março/23, de 0,31% para o maio/23, de 0,46% para o julho/23 e de 0,49% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho foram puxados para cima pelo trigo de Chicago, que esteve forte em uma rodada de compras de barganha após queda em oito das últimas dez sessões.
Por outro lado, a publicação destaca que, esses ganhos foram limitados pela orientação do Federal Reserve dos Estados Unidos na quarta-feira, que levantou preocupações de que a inflação poderia permanecer alta e mais aumentos nas taxas de juros prejudicariam o crescimento econômico ao longo de 2023.
“O ponto principal é que isso mantém os traders vendo os fundamentos das commodities através das lentes dos temores de recessão”, disse à Reuters, o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman.
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