Notícias Agrícolas reúne Cooperativas para discutir ações de controle da cigarrinha do milho
O Ministério da Agricultura (MAPA) e a Embrapa classificam as cigarrinhas do milho com as grandes vilãs da produção do cereal no Brasil nos últimos anos. Uma praga que já vem crescendo, tirando o sono do produtor e tornando os enfezamentos um problema endêmico nas lavouras do cereal.
Em entrevista concedida ao Notícias Agrícolas, a coordenadora geral de proteção de plantas do Mapa, Graciane de Castro, destacou que o Ministério já identificou um aumento de relatos para a presença do problema, até mesmo em regiões ondem não costumava haver essa situação. As condições climáticas e o aumento no cultivo do milho no país foram apontados como fatores que podem ter ajudado no aumento da população e na disseminação das cigarrinhas pelas regiões brasileiras.
O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Miguel Gontijo, também em entrevista concedida ao Notícias Agrícolas, foi outro que destacou a cigarrinha do milho com a principal praga da cultura e apontou a necessidade de intensificar o monitoramento das lavouras e a aplicação de defensivos.
Pensando na importância deste tema e para estimular a discussão entre pesquisadores e produtores visando mitigar esse problema, o Notícias Agrícolas vai promover uma Live às 16 horas desta quinta-feira (22) com a participação de quatro das principais Cooperativas agrícolas do Brasil.
Os participantes serão o gerente técnico da C.Vale, Carlos Konig, o coordenador técnico da Lar Cooperativa, Deivid Nazário, o gerente técnico corporativo do departamento agronômico da Copasul, Anderson Guido e o gerente de assistência técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, tudo mediado pelo jornalista João Batista Olivi, fundador do Notícias Agrícolas e apresentador do programa Tempo & Dinheiro.
Sobre a importância destas ações de controle, Carlos Konig, gerente técnico da C.Vale, destaca que, na última safra em 2022, o manejo adequado contra a cigarrinha foi a diferença entre obter produtividade de 20 ou de 180 sacas por hectare.
“Aquele produtor que plantou um híbrido suscetível, sem tolerância ao complexo de enfezamento, e não fez o manejo adequado colheu em torno de 20 25 sacas por hectare. Aquele produtor que fez um bom manejo, que plantou um híbrido tolerante, fez tratamento de sementes, toda a bateria de aplicações mais o fungicida, colheu de 140 até 180 sacas por hectare”, afirmou Konig em entrevista ao Notícias Agrícolas.
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