Futuros do milho fecham semana altista na B3
A sexta-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 90,35 e R$ 97,47 e acumularam posições altistas na semana.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 90,35 com alta de 0,12%, o março/23 valeu R$ 93,47 com elevação de 0,10%, o maio/23 foi negociado por R$ 92,72 com perda de 0,25% e o julho/23 teve valor de R$ 90,65 com ganho de 0,17%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam valorizações de 1,35% para o janeiro/23, de 1,22% para o março/23, de 0,73% para o maio/23 e de 0,12% para o julho/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (18).
Para o o consultor de grãos e projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, os últimos dias têm sido de elevações para os preços do milho no Brasil sustentando por dois fatores principais, a alta do dólar ante ao real e a demanda aquecida para exportações nos portos nacionais.
Para Podsclan, a política interna trouxe estresse para o câmbio e elevou a paridade de exportação para a casa dos R$ 92,00. Além disso, há possibilidade de a safra verão do Rio Grande do Sul ter perdas após dificuldades climáticas.
Na visão do consultor, as exportações brasileiras vão seguir aquecidas com mais 9 milhões de toneladas já contratadas no line-up para embarques em novembro e dezembro. Sendo assim, a previsão da consultoria é de superar as 42,2 milhões de toneladas no ciclo anual.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também mais subiu do que caiu neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Dourados/MS e Machado/MG. Já as valorizações apareceram em Londrina/PR, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “sem referência para precificar exportações, o milho avançou para próximo dos R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP refletindo a demanda doméstica”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou o último dia da semana somando novas movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,68 com elevação de 4,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,71 com valorização de 5,00 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,70 com ganho de 4,50 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,64 com alta de 4,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (24), de 0,75% para o dezembro/22, de 0,75% para o março/23, de 0,75% para o maio/23 e de 0,61% para o julho/23.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam ganhos de 0,15% para o dezembro/22, de 0,15% para o março/23, de 0,30% para o maio/23 e de 0,30% para o julho/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (18).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta sexta-feira, com o mercado continua observando de perto o clima na América do Sul, no que se tornou um dia de negociação relativamente agitado e curto.
A publicação destaca que, os contratos futuros de milho se fortaleceram, já que o mercado continuou acompanhando não apenas as previsões de clima seco que podem causar mais estresse nas safras argentinas, mas também questões sobre se a colheita da Ucrânia pode enfrentar desafios no próximo ano.
“Aproximadamente metade do milho permanece no campo quando o inverno chega. As autoridades temem que o milho não colhido resulte em plantações mais baixas também em 2023”, escreveu Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da corretora StoneX, em nota de comentário repercutida pela Reuters.
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