Milho fecha 2ªfeira em baixa na B3, mas negócios de exportação seguem acontecendo
A segunda-feira (14) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 84,05 e R$ 89,73.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 84,05 com desvalorização de 1,09%, o janeiro/23 valeu R$ 86,68 com baixa de 0,54%, o março/23 foi negociado por R$ 89,73 com perda de 0,79% e o maio/23 teve valor de R$ 89,35 com queda de 0,79%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado de porto continua dando suporte em níveis de preços bons para exportação e a comercialização segue.
“A semana está começando muito lenta de negócios, mas provavelmente vão ter mais negócios de milho nesta semana”, diz o analista.
Nos levantamentos da Brandalizze Consulting, o mercado de porto começa de R$ 92,00 até R$ 95,00. “O milho caiu em Chicago, a B3 está mais baixa, mas o porto não está mudando muito porque o comprador quer milho. Tem muitos navios carregando milho e muitos navios vão chegar para carregar milho”, pontua.
O Brasil abriu o mês de novembro exportando 2.288.607,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Sendo assim, o volume acumulado nestes 8 primeiros dias úteis do mês já representa 95,6% o total de 2.392.522 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de novembro de 2021.
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No mesmo período, o Brasil importou 119.670,1 toneladas de milho não moído, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso significa que, nos 8 primeiros dias úteis do mês, o país recebeu apenas 19,2% do total registrado em novembro de 2021 (621.376,4 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação foi de 14.958,8 toneladas contra 32.704 do mesmo mês do ano passado, redução de 54,3%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre altos e baixos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Castro/PR, Dourados/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Eldorado/MS e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o movimento de oferta ganha intensidade essa semana com a saca em Campinas/SP na casa dos R$84,00”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal relatando que, “pressionados pelo baixo ritmo de negócios e por estimativas indicando safra volumosa em 2023, os valores do milho continuam em baixa no Brasil”.
A nota indica ainda que, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 83,74/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 11, recuo de 1,42% frente ao dia 4. “Compradores nacionais estão afastados de negociações envolvendo grandes volumes, atentos às boas expectativas da safra verão e aos estoques de passagem. Muitos vendedores, por sua vez, estão flexíveis nos preços, diante da necessidade de liberar espaço nos armazéns”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou uma segunda-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,57 com baixa de 0,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,59 com perda de 3,75 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,58 com queda de 4,25 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,53 com desvalorização de 4,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (11), de 0,15% para o dezembro/22, de 0,60% para o março/23, de 0,60% para o maio/23 e de 0,76% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho de Chicago caíram nesta segunda-feira devido à pressão do petróleo bruto, juntamente com a incerteza sobre a demanda de exportação para suprimentos dos Estados Unidos.
“Os mercados externos pressionaram os futuros de milho e soja, incluindo quedas no petróleo bruto e valorização do dólar, o que tende a tornar os grãos dos EUA menos competitivos globalmente. O petróleo bruto dos EUA caiu mais de US$ 3 por barril, com o aumento dos casos de coronavírus na China frustrando as esperanças de uma rápida reabertura da economia para o maior importador de petróleo do mundo”, aponta Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
A publicação explica que, os futuros de milho e soja às vezes seguem as tendências do petróleo bruto devido a seus papéis como matérias-primas para etanol e biodiesel.
“O petróleo bruto está reduzindo o milho por causa do componente etanol. E os embarques de exportação foram um pouco melhores do que o esperado no milho, mas ainda não muito bons”, disse à Reuters, Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage.
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