Chicago perde força e milho recua nesta 5ªfeira de olha na fraca demanda
A quinta-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3), mas se sustentando no campo levemente positivo. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,42 e R$ 94,80.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 86,42 com alta de 0,15%, o janeiro/23 valeu R$ 91,30 com valorização de 0,16%, o março/23 foi negociado por R$ 94,80 com elevação de 0,12% e o maio/23 teve valor de R$ 94,20 com ganho de 0,12%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 permanece na estabilidade com alguns negócios sendo fixados para exportação.
“O produtor está esperando a semana que vem para negociar, mas na semana que vem vamos ter na segunda-feira o rescaldo do que foi a eleição e depois quarta-feira é feriado. Então é uma semana muito curta para quem pensa em vender e vai ser mais difícil de fazer negócios. Vai ser uma semana do mercado se reposicionar após a eleição”, pontua Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre altas e baixas nesta quinta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Sorriso/MT, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Machado/MG. Já as valorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Brasília/DF e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “as exportações aquecidas seguem movimentando os negócios no mercado físico do milho, o que contribui para que o preço do cereal siga firme na casa dos R$ 85,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT), até começou o dia em alta, mas encerrou as atividades desta quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando novos recuos.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,82 com perda de 2,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,87 com baixa de 2,75 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,87 com desvalorização de 3,00 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,81 com queda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (26), de 0,44% para o dezembro/22, de 0,43% para o março/23, de 0,43% para o maio/23 e de 0,29% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de grãos dos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira, com a fraca demanda de exportação pelo milho norte-americano e as chuvas favoráveis nas áreas agrícolas argentinas pressionando os preços.
A publicação destaca que, traders ficaram desapontados porque o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou vendas semanais de exportação de milho dos EUA de 264.000 toneladas na semana encerrada em 27 de outubro. Isso ficou abaixo do limite inferior das estimativas dos analistas que variaram de 350.000 a 1,075 milhão de toneladas.
“As vendas de exportação de milho continuam anêmicas e este mercado tem tudo a ver com a demanda”, disse à Reuters, Don Roose, presidente da corretora US Commodities, com sede em Iowa.
A Agência explica que, os EUA enfrentam a concorrência da América do Sul nas vendas de exportação para compradores globais como a China e “as chuvas na Argentina reduziram a escassez de umidade no cinturão agrícola, embora as condições pareçam mais secas na próxima semana”, disse o Commodity Weather Group.
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