B3 se move pouco nesta 4ªfeira, mas milhos segue com boas margens aos produtores
A quarta-feira (26) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3) e, apesar de ganhando um pouco de força ao longo do dia, ainda muito próximos da estabilidade.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 86,29 com alta de 0,01%, o janeiro/23 valeu R$ 91,15 com ganho de 0,09%, o março/23 foi negociado por R$ 94,69 com valorização de 0,19% e o maio/23 teve valor de R$ 94,09 com elevação de 0,14%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que as cotações do milho seguem positivas para os produtores, que devem aproveitar para fechar negociações até o mês de novembro.
“Temos 42 milhões de toneladas ainda para negociar e o mercado do milho normalmente vai até o final de novembro, temos um mês pela frente. Precisaríamos negociar quase 10 milhões de toneladas por semana para chegar ao final do ano sem estoque. O mercado voltou a ter boas posições de troca e o produtor precisa ficar atento”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se modificou pouco neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Brasília/DF e Porto Paranaguá/PR. Já as desvalorizações apareceram somente em Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, as exportações seguem dando liquidez aos negócios, a alta do dólar no início da semana da sustentação para o cereal ser comercializado na média de R$ 85,00/sc em Campinas/SP”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de preços firmes, com os produtores ainda retendo as intenções de venda do cereal, à espera das eleições presidenciais no dia 30. “A queda do dólar frente ao real tende a manter um ritmo de negócios na exportação também limitado ao longo do dia”.
Na visão do consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a oferta está reduzida com retração dos produtores, apreensivos com a eleição em segundo turno do domingo. Por outro lado, os consumidores parecem abastecidos para o curto prazo, enquanto os exportadores mantêm os preços de acordo com a volatilidade do câmbio. A semana é difícil e tende a ser lenta com a eleição.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou com os preços internacionais do milho futuro em campo levemente negativo ao longo de toda a quarta-feira.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,85 com queda de 1,25 pontos, o março/23 valeu US$ 6,90 com perda de 1,75 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,90 com baixa de 2,00 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,83 com desvalorização de 2,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (25), de 0,15% para o dezembro/22, de 0,29% para o março/23, de 0,29% para o maio/23 e de 0,29% para o julho/23.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram um pouco após algumas vendas técnicas líquidas na quarta-feira, mas as perdas foram pequenas, já que os traders aguardam uma nova rodada de dados de vendas de exportação, que serão divulgados nesta quinta-feira (27).
Vlamir Brandalizze acrescenta ainda o papel da colheita norte-americana para pressionar as cotações. “Começou a perder folego porque até ontem estava com chuvas no meio-oeste americano que atrapalhava a colheita do milho e agora o tempo abriu em todas as regiões dos Estados Unidos e o mercado já está sentido que vai chegar nova oferta nos próximos dias”, diz.
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