Milho sobe na B3 nesta 6ªfeira, mas acumula desvalorização de 3,6% na semana
A sexta-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram flutuavam na faixa entre R$ 86,49 e R$ 94,10, mas acumularam perdas semanais.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 86,49 com valorização de 0,52%, o janeiro/23 valeu R$ 91,52 com alta de 0,33%, o março/23 foi negociado por R$ 94,10 com ganho de 0,21% e o maio/23 teve valor de R$ 92,91 com elevação de 0,33%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 3,69% para o novembro/22, de 3,00% para o janeiro/23, de 2,98% para o março/23 e de 3,17% para o maio/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (30).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue o mercado externo com a melhora de Chicago, mesmo com o dólar um pouco mais fraco do que na semana passada.
Brandalizze aponta que os portos estão trabalhando entre R$ 90,00 e R$ 93,00 para embarques de outubro a janeiro. “O mercado está se firmando e tem possibilidades de pagar mais na semana que vem em se confirmando o clima ruim com geadas nos Estados Unidos”, diz.
Neste contexto de exportações, o analista de mercado da Tarken, Thiago Carvalho, ressalta que a pressão de comercialização deve ser grande entre dezembro e janeiro, já que em fevereiro a logística dos portos será revertida para a soja, o que pode empurrar os preços para baixo. Sendo assim, a janela de bons negócios será curta e o produtor precisa estar atento.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações nas praças de Brasília/DF e São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Jataí/GO, Rio Verde/GO e Dourados/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico, a queda de braço firme mantém o milho estável na casa dos R$ 83,00/sc em Campinas/SP”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, a primeira semana de negócios de outubro se mostrou bastante travada no Brasil para o milho. “Os preços caíram, mas os consumidores se mostraram ainda muito retraídos nas aquisições de milho, apostando em quedas maiores nas cotações no curto prazo, diante do movimento de baixa do câmbio, dos preços futuros e a paridade de exportação”.
Segundo informações da SAFRAS Consultoria, após o primeiro turno das eleições no Brasil, tanto o câmbio como as indicações de preços nos portos cederam, enfraquecendo o ritmo de negócios voltados à exportação. O plantio da safra de verão também evolui bem em vários estados, conferindo uma pressão adicional nas cotações.
“No mercado brasileiro, o valor médio da saca de 60 quilos de milho teve uma variação negativa de 1,20%, sendo vendida por R$ 83,71, contra os R$ 84,72 verificados na semana passada. O preço da saca de milho em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 87,00, baixa de 1,14% ante os R$ 88,00 praticados na semana passada. Na região Mogiana paulista, o cereal caiu 1,18% ao longo da semana, de R$ 85,00 para R$ 84,00 a saca”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,83 com valorização de 7,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,91 com ganho de 7,75 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,92 com alta de 7,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,87 com elevação de 7,00 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (07), de 1,19% para o dezembro/22, de 1,17% para o março/23, de 1,17% para o maio/23 e de 1,03% para o julho/23.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam valorizações de 0,89% para o dezembro/22, de 1,02% para o março/23, de 1,17% para o maio/23 e de 1,33% para o julho/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (30).
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho estavam firmes após registrarem uma forte queda na quinta-feira. A força no mercado de petróleo bruto também ajudou a acrescentar suporte.
Outro fator altista em Chicago foi a previsão de clima complicado para as regiões produtoras dos Estados Unidos, inclusive com a possibilidade de ocorrer geadas nas lavouras e prejudicar ainda mais os índices de produtividade, conforme destacou Vlamir Brandalizze.
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