B3 apenas corrige posições com milho estável nesta 4ªfeira, assim como nos portos
A quarta-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho apresentando leves recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 88,76 e R$ 95,98.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 88,76 com queda de 0,37%, o janeiro/23 valeu R$ 93,24 com perda de 0,10%, o março/23 foi negociado por R$ 95,98 com desvalorização de 0,38% e o maio/23 teve valor de R$ 95,06 com baixa de 0,25%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 aplica movimentos de liquidação e exercícios de contratos, sem flutuar muito.
“Está seguindo muito a lógica do porto, que tem ficado muito estável na faixa entre R$ 90,00 para embarques entre outubro e novembro e até R$ 94,00 para dezembro e janeiro, sem muita alteração”, pontua Brandalizze.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de preços sustentados, com os vendedores cautelosos nas fixações de venda para o cenário doméstico. “A alta do dólar frente ao real e os ganhos na Bolsa de Mercadorias de Chicago podem motivar negócios no cenário exportador”.
Segundo a SAFRAS Consultoria, as negociações permanecem pouco fluídas no decorrer da semana, com menor fixação de oferta e o produtor permanecendo temeroso em relação ao resultado das eleições que se aproximam. “As exportações permanecem em bom nível, essa dinâmica será importante no restante do semestre. O abastecimento nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul permanece complicado em função do frete, tornando as operações dispendiosas”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se movimentou pouco nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Jataí/GO e Rio Verde/GO e valorizações somente nas praças de Cândido Mota/SP e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado doméstico, a saca de milho em Campinas/SP se sustenta nos R$ 84,50/sc orientará pela paridade de exportação”.
O analista de mercado da Grão Direto, Ruan Sene, aponta que, as condições climáticas continuarão sendo acompanhadas de perto pelo mercado, diante da evolução do plantio e desenvolvimento inicial da safra 2022/23.
“O milho brasileiro permanece muito demandado internacionalmente e o ritmo de exportação também será um fator importante, que norteará o mercado brasileiro no curto prazo. No mercado internacional, a evolução da colheita norte-americana e exportações semanais serão observados de perto pelo mercado. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de leve valorização”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta quarta-feira contabilizando movimentações em campo positivo para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,70 com ganho de 3,00 pontos, o março/23 valeu US$ 6,76 com elevação de 3,75 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,77 com alta de 3,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,71 com valorização de 4,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (27), de 0,45% para o dezembro/22, de 0,60% para o março/23, de 0,59% para o maio/23 e de 0,60% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho seguiu os futuros do trigo em alta apoiados por temores de um conflito crescente entre os principais exportadores de grãos Rússia e Ucrânia, bem como condições secas no cinturão de colheitas das planícies dos Estados Unidos.
“Há algum apoio dos temores de que a guerra Rússia/Ucrânia interrompa as exportações do Mar Negro e também a preocupação com as ameaças da Rússia de usar armas nucleares”, disse a empresa de pesquisa Hightower Report em nota.
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