Futuros do milho fecham semana levemente positiva na Bolsa Brasileira
A sexta-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3), mas com mais recuos do que avanços. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,98 e R$ 96,24.
O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 89,98 com queda de 0,19%, o janeiro/23 valeu R$ 93,50 com perda de 0,43%, o março/23 foi negociado por R$ 96,50 com alta de 0,20% e o maio/23 teve valor de R$ 96,24 com baixa de 0,07%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam elevações de 0,19% para o setembro/22, de 1,50% para o novembro/22, de 0,81% para o janeiro/23, de 0,94% para o março/23 e de 0,94% para o maio/23.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o produtor brasileiro que vai para uma nova safrinha a partir de janeiro e fevereiro de 2023 terá perspectivas positivas para ter renda novamente com o milho.
“O mercado internacional segue pujante e precisando de milho. Ainda há muitas dúvidas com relação ao que vai sair da Ucrânia, da Europa e da China, já que todos têm problemas. Vai haver uma produção de milho mundial menor do que a demanda, o que vai obrigar a gente a produzir mais e isso com renda”, diz Brandalizze.
Na projeção da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, o país pode encerrar o ano com um total de 40 milhões de toneladas embarcadas, o que seria o dobro das 20 milhões registradas em 2021.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais altas do que baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Jataí/GO e Rio Verde/GO. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Eldorado/MS, Amambai/MS, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico, o retorno da moeda americana acima dos R$ 5,20 e o forte ritmo de exportações faz com que saca de milho comercializada em Campinas/SP avance para a faixa de R$ 84,50”.
Na visão da SAFRAS Consultoria, o mercado brasileiro de milho registrou uma semana de volatilidade nos preços. “Os produtores até chegaram a se animar e a trabalhar com preços mais altos para o cereal após o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado na segunda-feira. Mas no decorrer da semana os preços foram perdendo força nos portos, diante dos movimentos de baixa na Bolsa de Mercadorias de Chicago, em meio às preocupações com um quadro de recessão na economia norte-americana e mundial.
De acordo com a SAFRAS Consultoria, o ritmo de negócios seguiu travado na semana, uma vez que os consumidores seguem apostando em um movimento de baixa nas cotações diante do fato dos armazéns ainda estarem lotados de ofertas de cereal e da necessidade dos produtores de arcarem com o pagamento de dívidas com vencimento no final de setembro.
Mercado Externo
Os preços internacionais de milho futuro também finalizaram a sexta-feira em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT), mas com mais altos do que baixos.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,77 com perda de 0,25 pontos, o março/23 valeu US$ 6,83 com ganho de 0,25 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,83 com elevação de 0,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,77 com alta de 1,25 pontos.
Esses índices representaram, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), ganhos de 0,15% para o março/23, para o maio/23 e para o julho/23, além de estabilidade para o dezembro/22.
Já na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam elevação de 1,58% para o setembro/22, mas recuos de 1,17% para o dezembro/22, de 0,87% para o março/23 e de 0,87% para o maio/23.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho enfrentaram pequenas perdas durante a noite antes da sessão de sexta-feira, mas conseguiram voltar ao verde após algumas compras técnicas líquidas hoje.
A Agência Reuters destaca que, traders se concentraram na demanda por safras, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou suas estimativas de produção doméstica em um relatório mensal divulgado na segunda-feira.
“Embora tenhamos respondido a muitas perguntas do lado da oferta, agora temos uma tonelada de perguntas do lado da demanda”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado da Zaner Ag.
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