Milho: B3 acompanha internacional nesta 4ªfeira, recua e pressiona os portos
A quarta-feira (14) chega ao final com os preços futuros do milho operando em campo negativo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 83,53 e R$ 95,66.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 83,53 com queda de 0,62%, o novembro/22 valeu R$ 88,54 com desvalorização de 1,07%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 92,77 com baixa de 0,47% e o março/23 teve valor de R$ 95,66 com perda de 0,67%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 esteve em liquidação nesta quarta-feira seguindo o mercado externo que também esteve mais baixo, o que começou a pressionar o prêmio de exportação no Brasil.
“O mercado de exportação de milho está indicando de R$ 90,00 a R$ 94,00 depois de pagar de R$ 92,00 a R$ 96,00. Ainda assim, segue acima de US$ 300,00 a tonelada, o que é uma cotação boa”, diz Brandalizze.
Leia mais:
+ Com colheita na reta final, Famasul mantém safra de milho do MS com produtividade de 78,13 sc/ha
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho não se movimentou muito nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorização em nenhuma das praças e identificou desvalorização apenas em Castro/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a firmeza das exportações mantendo os prêmios elevados junto ao avanço do dólar na bolsa brasileira contribuíram para que a saca siga sendo comercializada na faixa de R$ 83,50 em Campinas/SP”.
Mercado Externo
As movimentações baixistas também marcaram a quarta-feira dos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,82 com desvalorização de 10,50 pontos, o março/23 valeu US$ 6,87 com perda de 10,00 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,88 com baixa de 9,50 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,83 com queda de 8,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (13), de 3,81% para o dezembro/22, de 0,72% para o março/23, de 1,29% para o maio/23 e de 2,01% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira em uma rodada de vendas técnicas, com traders ajustando suas posições após uma alta do mercado provocada pela previsão do governo na segunda-feira para colheitas menores do que o esperado.
“Esse foi um número surpreendente do Departamento de Agricultura dos EUA e o mercado reagiu. Tivemos esses movimentos que são muito violentos, mas não duram muito. Tivemos alguns picos muito grandes para cima e para baixo”, disse Chris Robinson, fundador da Robinson Ag Marketing.
Os futuros de milho e soja também enfrentaram pressão de alguns hedges de traders comerciais que fizeram compras recentes no mercado à vista, acrescentou Robinson.
A publicação ainda destaca que, os traders também observaram preocupações com o arrefecimento da economia global, fazendo com que os investidores saíssem de posições arriscadas em commodities, principalmente após uma alta acentuada. Os números da inflação de agosto nos EUA divulgados na terça-feira alimentaram as apostas para taxas de juros mais altas.
“O aumento da inflação, combinado com uma desaceleração econômica, levou a temores de um declínio na demanda global”, disse a consultoria Agritel em nota.
0 comentário
Preços do milho para 2025 são os melhores em 2 anos para vendas antecipadas
Chegada das chuvas aumenta a incidência da cigarrinha-da-pastagem
Demanda forte mantém milho com altas em Chicago nesta sexta-feira
USDA informa nova venda de milho à Colômbia nesta 6ª (20)
Futuros do milho abrem a 6ªfeira com altas em Chicago ainda sustentadas por boa demanda de grãos dos EUA
Radar Investimentos: Mercado de milho no Brasil apresenta um cenário misto