B3 encerra 5ªfeira registrando queda de 1% para os futuros do milho
A quinta-feira (01) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo em campo negativo ao longo de todo o pregão da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações foram perdendo força ao longo do dia e encerraram flutuando na faixa entre R$ 84,70 e R$ 95,65.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 84,70 com baixa de 0,94%, o novembro/22 valeu R$ 88,73 com desvalorização de 1,19%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 92,98 com perda de 1,09% e o março/23 teve valor de R$ 95,65 com queda de 1,09%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 ainda segue a lógica de Chicago, mas já vai se acomodando com boas cotações acima dos R$ 90,00, um sinal de que o mercado internacional segue sendo comprador.
“Seguimos com o porto querendo milho para exportação e o produtor está vendendo da mão pra boca com uma pressão começando para abrir espaço nos armazéns”, diz Brandalizze.
Ao longo do mês de agosto, o Brasil exportou 7.553.854,7 toneladas de milho, de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nos 23 dias úteis do mês representa 74,22% a mais do total de 4.335.763 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de agosto de 2021.
No mesmo período, o país importou 329.507,2 toneladas de milho. Isso significa que, nos 23 dias úteis do mês, o país recebeu 126,13% a mais do que o total registrado em agosto de 2021 (145.716,4 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação foi de 14.326,4 toneladas contra 6.623,5 do mesmo mês do ano passado, aumento de 116,3%.
Leia mais:
+ Brasil exportou 7,5 milhões de toneladas de milho em agosto, 74% mais do que em agosto/21
+ Brasil importou 2,6 vezes mais milho em agosto/22 do que em agosto/21
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quinta-feira de altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Castro/PR, Pato Branco/PR, Campo Novo do Parecis/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram em Cascavel/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a queda de braço firme no mercado físico do milho, o cereal segue sendo comercializado na média de R$ 84,00/sc em Campinas/SP”.
O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta que, “a volatilidade do dólar tem refletido na volatilidade dos futuros e das cotações do físico do milho. As exportações e o ritmo de comercialização interno são pontos a serem observados nas próximas semanas”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram uma quinta-feira de trajetória baixista na Bolsa de Chicago (CBOT), acumulando três pregões consecutivos de recuos.
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,58 com desvalorização de 15,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,58 com queda de 12,50 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,63 com perda de 12,75 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,66 com baixa de 12,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação do fechamento da última quarta-feira (31), de 2,23% para o setembro/22, de 1,79% para o dezembro/23, de 1,92% para o março/23 e de 1,77% para o maio/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira devido a crescentes preocupações com uma desaceleração econômica global, disseram analistas, assim que a colheita da safra do Centro-Oeste se aproxima.
As ações de Wall Street também caíram, com dados mostrando que a indústria dos EUA cresceu de forma constante em agosto abalaram alguns investidores que temem que uma economia forte fortaleça o argumento para que o Federal Reserve continue aumentando as taxas de juros.
Enquanto isso, a pressão sazonal pesou sobre o milho, já que ambas a cultura se aproxima da maturidade no cinturão de safras dos EUA. “É a época do ano em que os grãos tendem a cair. Em alguns desses mercados, a colheita já começou. Sem nenhum tipo de grande impulsionador de demanda, o mercado vai vender junto com todo o resto, ações e energia”, disse Craig Turner, corretor de grãos da StoneX.
0 comentário

USDA traz números robustos para nova safra dos EUA e milho fecha em campo misto em Chicago

Radar Investimentos: mercado brasileiro de milho segue pressionado pela proximidade da colheita

Ishiba do Japão sinaliza aumento nas importações de milho como parte das negociações comerciais dos EUA

Fundos podem estar com falta de milho da CBOT antes da divulgação de dados de segunda-feira

Milho/Cepea: Com cenário favorável no campo, comprador se mantém afastado

Sentindo a pressão da chegada da safrinha, cotações do milho caem nesta 6ªfeira no Brasil e B3 acumula perda semanal de 4%