B3 encerra 5ªfeira registrando queda de 1% para os futuros do milho

Publicado em 01/09/2022 16:33
CBOT também perde e cotações desvalorizam 2%

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A quinta-feira (01) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo em campo negativo ao longo de todo o pregão da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações foram perdendo força ao longo do dia e encerraram flutuando na faixa entre R$ 84,70 e R$ 95,65. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 84,70 com baixa de 0,94%, o novembro/22 valeu R$ 88,73 com desvalorização de 1,19%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 92,98 com perda de 1,09% e o março/23 teve valor de R$ 95,65 com queda de 1,09%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 ainda segue a lógica de Chicago, mas já vai se acomodando com boas cotações acima dos R$ 90,00, um sinal de que o mercado internacional segue sendo comprador. 

“Seguimos com o porto querendo milho para exportação e o produtor está vendendo da mão pra boca com uma pressão começando para abrir espaço nos armazéns”, diz Brandalizze. 

Ao longo do mês de agosto, o Brasil exportou 7.553.854,7 toneladas de milho, de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).      

Sendo assim, o volume acumulado nos 23 dias úteis do mês representa 74,22% a mais do total de 4.335.763 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de agosto de 2021.      

No mesmo período, o país importou 329.507,2 toneladas de milho. Isso significa que, nos 23 dias úteis do mês, o país recebeu 126,13% a mais do que o total registrado em agosto de 2021 (145.716,4 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação foi de 14.326,4 toneladas contra 6.623,5 do mesmo mês do ano passado, aumento de 116,3%.  

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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quinta-feira de altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Castro/PR, Pato Branco/PR, Campo Novo do Parecis/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram em Cascavel/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS e Machado/MG. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a queda de braço firme no mercado físico do milho, o cereal segue sendo comercializado na média de R$ 84,00/sc em Campinas/SP”. 

O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta que, “a volatilidade do dólar tem refletido na volatilidade dos futuros e das cotações do físico do milho. As exportações e o ritmo de comercialização interno são pontos a serem observados nas próximas semanas”. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também encerraram uma quinta-feira de trajetória baixista na Bolsa de Chicago (CBOT), acumulando três pregões consecutivos de recuos. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,58 com desvalorização de 15,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,58 com queda de 12,50 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,63 com perda de 12,75 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,66 com baixa de 12,25 pontos. 

Esses índices representaram desvalorizações, com relação do fechamento da última quarta-feira (31), de 2,23% para o setembro/22, de 1,79% para o dezembro/23, de 1,92% para o março/23 e de 1,77% para o maio/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira devido a crescentes preocupações com uma desaceleração econômica global, disseram analistas, assim que a colheita da safra do Centro-Oeste se aproxima. 

As ações de Wall Street também caíram, com dados mostrando que a indústria dos EUA cresceu de forma constante em agosto abalaram alguns investidores que temem que uma economia forte fortaleça o argumento para que o Federal Reserve continue aumentando as taxas de juros. 

Enquanto isso, a pressão sazonal pesou sobre o milho, já que ambas a cultura se aproxima da maturidade no cinturão de safras dos EUA. “É a época do ano em que os grãos tendem a cair. Em alguns desses mercados, a colheita já começou. Sem nenhum tipo de grande impulsionador de demanda, o mercado vai vender junto com todo o resto, ações e energia”, disse Craig Turner, corretor de grãos da StoneX. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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