Colheita do milho vai à 70,8% no Mato Grosso do Sul e Famasul mantém perspectiva de 78,13 sc/ha de produtividade
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes da colheita da segunda safra de milho no estado.
A Federação apontou que 70,8% das lavouras sul-mato-grossenses foram colhidas até a última sexta-feira (26). O índice é superior aos 70% da safra passada, mas inferior aos 83,1% da média dos últimos 5 anos.
Olhando para a qualidade das lavouras, os técnicos da Famasul indicaram que 80,8% da área está em boas condições, 13,9% em condições regulares e os 5,5% restantes em ruins.
“A semana passada foi marcada por grande variação de temperaturas e baixa umidade relativa do ar em Mato Grosso do Sul. No dia 20/08, na maior parte dos municípios, a temperatura mínima ficou abaixo de 10°C e a menor temperatura registrada foi 2,2°C em Iguatemi. Após o dia 22/08 houve elevação gradativa das temperaturas e Coxim registrou temperatura máxima de 32,8°C. Já no dia 23/08 observou-se queda significativa dos índices de umidade relativa do ar e Cassilândia apresentou UR de 20%. Em 24/08, o Pantanal teve temperatura máxima de 35,4°C conforme a estação meteorológica de Nhumirim. No mesmo dia, Água Clara, Coxim e Sonora registraram baixíssimos índices de UR, com 16%”.
Ainda detalhando os vendavais que atingiram o estado entre os dias 15 e 18 de agosto, a Famasul relata que eles “provocaram o tombamento do milho principalmente nas regiões oeste, centro e sudeste de Mato Grosso do Sul. Os produtores afetados terão dificuldade na operação de colheita, o dano causado dependendo da rajada pode provocar o tombamento total da planta, nesse caso a plataforma de colheita do milho não consegue efetuar a operação, surgindo adaptações e colheita manual. Vários produtores optam por realizar adaptações com molinete, no intuito de levantar a planta, ou ainda, substituem a plataforma de milho pela de soja”.
A publicação ainda destaca que a previsão probabilística da previsão acumulada para o trimestre de Setembro-Outubro-Novembro mostra que as chuvas podem variar entre 200 e 500 mm, indicação de que as chuvas ficarão entre 40 a 50% abaixo da média climatológica.
As geadas ocorridas entre os meses de maio e junho não afetaram significativamente a produção, portanto a estimativa inicial se mantém. A estimativa para o milho segunda safra 2021/22 segue sendo de área de 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação a área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas.
“Ultrapassamos o período com possibilidades de redução do potencial produtivo da cultura, onde a geada na cultura até dia 15 de julho poderia comprometer a produtividade. Agora, as plantas já se encontram em fechamento de ciclo e a estimativa inicial se mantém”, explica a publicação.
Do lado do mercado, o preço médio da saca de milho no estado subiu durante a última semana. Entre os dias 22 e 29 de agosto, a saca do cereal no Mato Grosso do Sul passou de R$ 70,06 para R$ 70,88 uma elevação semanal de 1,16%.
Já na comparação anual, o preço da saca de milho caiu 19,44% entre os R$ 88,05 praticados em agosto de 2021 e os R$ 70,93 contabilizados na média de agosto de 2022.
Até este momento, os produtores sul-mato-grossenses já negociaram 33,8% de toda a produção estimada da segunda safra de 2022, um índice 29 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado para a safrinha de 2021.
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