Chicago realiza lucros e acompanha economia global com milho recuando na 3ªfeira
A terça-feira (30) chega ao fim consolidando movimentações baixistas para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,55 e R$ 96,75.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 85,55 com desvalorização de 0,66%, o novembro/22 valeu R$ 89,89 com perda de 0,29%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 93,91 com baixa de 0,25% e o março/23 teve valor de R$ 96,75 com queda de 0,10%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, mesmo com esses recuos, as cotações acima de R$ 92,00 para vencimentos de 2023 são boas posições.
“O mercado vai se mantendo praticamente estável, mas ainda tem folego para trabalhar mais alto nessa semana”, afirma Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma valorização nas praças pesquisadas, mas identificou desvalorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, as exportações dão maiores liquidez aos negócios, o que mantém a saca próxima dos R$ 84,00 em Campinas/SP”.
Mercado Externo
O campo negativo também foi o local dos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo desta terça-feira.
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,79 com queda de 4,00 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,77 com desvalorização de 5,75 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,83 com baixa de 4,50 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,84 com perda de 3,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (29), de 0,59% para o setembro/22, de 0,88% para o dezembro/22, de 0,58% para o março/23 e de 0,58% para o maio/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram nesta terça-feira, juntando-se a amplas quedas nos mercados de commodities e ações, com operadores preocupados com a saúde da economia global.
A publicação destaca que, os mercados de ações caíram à medida que um aumento nas vagas de emprego nos EUA desencadeou temores de mais aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa. Os contratos futuros de petróleo bruto dos EUA caíram mais de 5% por temores de que um enfraquecimento das economias globais induzido pela inflação abrandaria a demanda por combustível.
A incerteza se espalhou para os grãos quando os especuladores saíram das posições compradas, registrando lucros após as recentes altas nos preços do milho e do trigo. “Os gestores de fundos estão ajustando seus investimentos para refletir as expectativas de crescimento econômico mais lento, e talvez contração, juntamente com menor demanda por commodities”, escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota a um cliente.
A realização de lucros também pesou sobre os futuros do milho, um dia após o contrato de referência de dezembro ter atingido uma alta de dois meses ligada às perspectivas de declínio da produção agrícola dos Estados Unidos.
“O mercado ainda está absorvendo a provável safra mais baixa de milho dos EUA depois que a turnê Pro Farmer da semana passada revelou uma estimativa de rendimento muito menor”, disse Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank of Australia.
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