Futuros do milho se recuperam na B3 e fecham a 5ªfeira em alta

Publicado em 18/08/2022 16:47
Chicago também teve virada de rumo e encerrou pregão positiva

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A quinta-feira (18) chega ao final com os preços futuros do milho se recuperando na Bolsa Brasileira (B3) e encerrando o pregão com movimentações levemente positivas. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,93 e R$ 94,08. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 85,93 com elevação de 0,22%, o novembro/22 valeu R$ 89,65 com queda de 0,28%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 92,96 com alta de 0,17% e o março/23 teve valor de R$ 94,08 com ganho de 0,07%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 esteve parada, com muita pouca variação, mas recebendo suporte no mercado de porto de R$ 88,50 à R$ 93,00 para dezembro, se sustentando em posições boas. 

“Tem muito milho para ser exportado e não tem corrida de venda, o que ajuda a segurar o mercado que poderia estar menor do que o que está neste momento”, afirma Brandalizze. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de pouca movimentação nos negócios, diante da fraqueza do dólar frente ao real e do movimento de queda na Bolsa de Mercadorias de Chicago. “Os produtores seguem ofertando maiores volumes de milho, muito embora os consumidores mantenham a cautela nas aquisições, aguardando um movimento maior de baixa nos preços”. 

Segundo a SAFRAS Consultoria, “as negociações permanecem pouco fluídas neste momento. No entanto já é evidenciado aumento da fixação de oferta em algumas regiões do país. O vencimento de dívidas dos produtores no final do mês é fator importante a ser considerado neste momento. Além disso, a logística ainda é um complicador, mantendo preços acentuados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quinta-feira mais negativa do que positiva. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas na praça de Machado/MG. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Dourados/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a demanda externa aquecida, os preços do milho avançam pelo segundo dia consecutivo e o cereal é comercializado na média de R$ 83,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.   

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT) a virada das cotações também aconteceu, com os preços internacionais do milho futuro, que começaram a quinta-feira em baixa, se recuperando e encerrando as atividades no campo positivo. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,19 com valorização de 4,75 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,15 com alta de 3,75 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,22 com ganho de 3,50 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,25 com elevação de 3,00 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (17), de 0,65% para o setembro/22, de 0,49% para o dezembro/22, de 0,48% para o março/23 e de 0,48% para o maio/23. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram moderadamente em uma rodada de compras técnicas, em parte desencadeadas pela forte demanda de exportação e dúvidas persistentes sobre o potencial de produção desta temporada. A força do transbordamento da soja deu suporte adicional. 

Por outro lado, a Agência Reuters destaca que, a incerteza econômica também pairou sobre os mercados de grãos, já que os investidores avaliaram os riscos de recessão e analisaram as atas da reunião de política monetária do Federal Reserve dos Estados Unidos em julho. 

As expectativas de chuva e temperaturas mais baixas na próxima semana em partes do Centro-Oeste dos EUA também atuaram para diminuir os ganhos em soja e milho. 

“Temos condições meteorológicas nos próximos dias. Isso mantém as coisas sob controle. Será interessante ver quanta umidade vem com este sistema”, disse Tom Fritz, corretor de commodities do EFG Group.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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