Milho se apoia no dólar e B3 sobe até 2,5% nesta quinta-feira

Publicado em 11/08/2022 16:26
Chicago sobe quase 1,5% na véspera de importante relatório do USDA

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A quinta-feira (11) chega ao final com a Bolsa Brasileira (B3) consolidando movimentações altistas para os preços futuros do milho. As principais cotações subiram até 2,5% e flutuaram na faixa entre R$ 89,20 e R$ 95,10. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 89,20 com valorização de 2,52%, o novembro/22 valeu R$ 91,80 com ganho de 2,51%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 94,17 com elevação de 2,01% e o março/23 teve valor de R$ 95,10 com alta de 1,55%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 voltou a operar do lado positivo com dólar subindo e dando condições de porto melhores, entre R$ 86,00 e R$ 92,00. 

“O mercado está firmando para as exportações e isso obriga o mercado interno a corrigir os níveis para não deixar o milho escapar muito para exportação”, aponta Brandalizze. 

Segundo Pedro Schicchi, analista de grãos e de proteínas animais da HedgePoint Global Markets, a volatilidade proveniente da colheita da segunda safra brasileira já está perdendo força com a avanço dos trabalhos e agora o mercado vai se voltar para a produção norte-americana e para o dólar.  

O analista destaca que por ser um ano de eleição presidencial, 2022 deve trazer volatilidade cambial com o dólar ante ao real e isso também pode mudar as tendencias do mercado para o cereal diante do protagonismo das exportações na formação de preços. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quinta-feira de poucas movimentações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorização em nenhuma das praças, já as valorizações apareceram apenas em Amambai/MS e Machado/MG. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “um maior apetite da demanda trouxe elevação para o mercado físico, sendo negociado na média de R$ 83,00/sc em Campinas/SP”.  

O reporte diário da Radar Investimentos ainda acrescenta que, “o avanço da colheita da safrinha combinada com a queda rápida da paridade dólar x real não dá força para as cotações do milho. Os consumidores seguem retraídos, negociando apenas lotes pontuais dia a dia”.   

Mercado Externo 

O campo positivo também foi o lugar dos preços internacionais do milho futuro e registravam novas evoluções nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 6,29 com elevação de 8,00 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 6,27 com valorização de 9,25 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,34 com alta de 8,75 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,37 com ganho de 8,25 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (10), de 1,29% para o setembro/22, de 1,46% para o dezembro/22, de 1,44% para o março/23 e de 1,27% para o maio/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho se firmaram, apoiados por preocupações com o clima quente e seco que estressa a safra do Meio-Oeste dos Estados UnidosA em seus estágios finais de desenvolvimento. 

“Partes do meio-oeste dos EUA receberam chuva nos últimos dias, mas o calor nas regiões ocidentais do cinturão agrícola deve continuar pressionando as lavouras. Esse clima seco e quente está aumentando a incerteza dos investidores sobre os riscos de rendimento das colheitas antes do relatório mensal de estimativas de oferta e demanda agrícola mundial do Departamento de Agricultura dos EUA, previsto para sexta-feira", aponta PJ Huffstutter da Reuters Chicago. 

De acordo com uma pesquisa da Reuters com analistas do mercado, espera-se que o governo reduza suas perspectivas para a produção de milho dos EUA. “Mas a questão será quanto o governo reduzirá esses números, em um relatório que alimentou movimentos voláteis do mercado no passado”, disse Joe Vaclavik, presidente da Standard Grain. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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