Milho de Chicago vai ao maior nível em mais de uma semana após números do USDA
A terça-feira (09) se encerra de maneira positiva para os preços futuros do milho, que se consolidaram em uma trajetória positiva na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações subiram mais de 1,5% e flutuaram na faixa entre R$ 87,91 e R$ 93,99.
O vencimento setembro/22 era cotado à R$ 87,91 com valorização de 1,65%, o novembro/22 valia R$ 90,10 com ganho de 1,53%, o janeiro/23 era negociado por R$ 92,90 com alta de 1,64% e o março/23 tinha valor de R$ 93,99 com elevação de 1,50%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 ainda olha para a correria das entregas e para o milho que está armazenado à céu aberto no Centro-Oeste diante do tempo chuvoso chegando.
“O mercado está positivo, mas a B3 poderia estar até mais pressionada para cima em um momento que poderia estar também em queda livre com muito milho e falta de local para colocar todo esse milho”, pontua Brandalizze.
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Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais perdas do que ganhos neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em São Gabriel do Oeste/MS, Amambai/MS e Machado/MG. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico o aumento da oferta de milho, devido ao avanço da colheita, pressiona o preço da saca para a média de R$ 82,00 em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerrar a terça-feira operando no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/22 era cotado à US$ 6,15 com valorização de 7,00 pontos, o dezembro/22 valia US$ 6,14 com alta de 6,75 pontos, o março/23 era negociado por US$ 6,21 com elevação de 6,25 pontos e o maio/23 tinha valor de US$ 6,25 com ganho de 5,50 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (08), de 1,15% para o setembro/22, de 1,15% para o dezembro/22, de 0,98% para o março/23 e de 0,97% para o maio/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram para seu maior nível em mais de uma semana nesta terça-feira devido aos índices semanais mais baixos das condições das safras norte-americanas e temores de que o clima quente e seco no centro-oeste continue a pressionar as safras.
“As condições climáticas e das safras continuaram sendo uma das principais preocupações do mercado depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) baixou sua classificação semanal de condição de soja e cortou sua classificação de milho mais do que o esperado”, afirma Karl Plume da Reuters Chicago.
O USDA disse que 58% do milho dos EUA estava em condições boas a excelentes no domingo, queda de 3 pontos em relação à semana anterior e abaixo da estimativa média de comércio de 60%.
“A vantagem do milho está relacionada às condições da safra. O fato de estarmos em 58% (bom a excelente) agora contra 64% um ano atrás nos mostra que as condições estão diminuindo rapidamente”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
A publicação ainda destaca que, agora os comerciantes estão aguardando as previsões mensais de oferta e demanda que o USDA deverá divulgar na próxima sexta-feira (12).
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