Paraná já colheu 69% do milho e cigarrinha segue sendo a maior vilã da produtividade
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e colheita das principais safras do estado.
O relatório semanal apontou que 69% das lavouras de segunda safra já foram colhidas no estado. Enquanto isso, 95% da área está em maturação e os 5% restantes seguem em frutificação.
As localidades mais adiantadas na colheita são Irati e União da Vitória (100%), Pato Branco (98%), Guarapuava e Ponta Grossa (95%), Laranjeiras do Sul (93%), Cascavel (92%) e Francisco Beltrão (90%). Já as mais atrasadas são Jacarezinho (20%), Cornélio Procópio (30%) e Paranavaí (38%).
Do lado da qualidade dessas áreas, os técnicos do Departamento classificaram 66% das lavouras como em boas condições, 26% em médias e 8% em ruins.
As regionais com maiores índices de lavouras avaliadas como ruins são Laranjeiras do Sul e Pato Branco (40%), Francisco Beltrão (25%), Umuarama e Apucarana (20%), Cascavel (16%) e Campo Mourão (15%).
Detalhando as regiões paranaenses, os técnicos do Deral destacam que a colheita avançou à medida que a umidade dos grãos permitiu, com relatos de perdas de produção na região Norte.
Já nas regionais Oeste e Centro-Oeste, grande parte das áreas já foram colhidas, mas os trabalhos foram interrompidos pela chuva. “A produção e qualidade dos grãos têm variado, visto que algumas lavouras foram atingidas por geada, enfezamento e outras doenças em fases críticas do desenvolvimento”, pontuam.
A colheita segue o ritmo esperado na região Noroeste e os trabalhos devem se estender até o final de setembro. “O ataque de cigarrinha e a falta de chuva estão prejudicando a produtividade média”, avalia o Deral.
Na região Sul, a colheita deverá ser encerrada nas próximas semanas, justamente com as piores áreas ainda por colher, novamente com preuízos aos produtores.
Por fim, a região Sudoeste deve encerrar a colheita já na próxima semana.
2 comentários
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José Roberto de Menezes Londrina - PR
A cigarrinha é um problema na maior parte das lavouras produtoras de milho no Brasil. Mas, a grande responsável pelas baixas produtividades das lavouras semeadas em março, no norte do Paraná, foram as adversidades climáticas. Baixas temperaturas no início do florescimento e seca no período reprodutivo. Pode ter interesses econômicos na maxização dos danos causados pela cigarrinha.
José Roberto, ontem em Palotina , o Conselho de Sanidade Agropecuaria , se reuniu p discutir este tema Cigarrinha , por conta do Plantio em Áreas p Silagem . Várias opiniões, sugestões e preocupações . E um dos,assuntos foi isso que vc colocou fator clima , também a Qualidade dos Agroquimicoa de controle e Híbridos que prometiam mas não cumpriram ( tipo político) Estamos buscando uma açao regional via,Conselho para orientar os produtores que irão conduzir a cultura p silagem e também a eliminação do milho Tiguera . Mas isso tudo por conta é risco pois ainda não existe uma base final sobre o tema . Muitas dúvidas e muitas desconfianças (jogo econômico (
Eu sou suspeito para opinar (não gosto de milho safrinha), mas será que não seria interessante uma espécie de vazio sanitário assim como se faz para a soja? Sei que é difícil, as vezes não se tem outra opção de inverno, mas a verdade é que estas pragas estão se tornando incontroláveis, junte a isso as condições climáticas desfavoráveis e entramos em uma sinuca de bico. Vejam que até as seguradoras estão de orelhas em pé, estão procurando cabelo em ovo, tudo para não pagar o seguro e, de fato deve não estar bom para eles, ultimamente até no verão as coisas estão difíceis para o agricultor. Hoje fui informado que o seguro de verão aumentou o valor e diminuiu os valores de cobertura, no ano passado a cobertura para o soja era de 102 sacas por alqueire, neste ano será de 94 sacas, sem contar os valores de contratação que subiram mais de 140 reais por alqueire. Este ano não plantei milho safrinha, optei pela aveia branca e o trigo, ambos também foram afetados pelas estiagens, mas na pior das hipóteses a terra fica limpa para entrar com o soja e, isso tem que ser levado em conta, dado as enormes dificuldades em controlar certas ervas daninhas (buva, amargoso e outras). Em janeiro de 2021 eu comprei glifosato a 17,50 por litro, hoje está na faixa de 85,00. Tudo subiu absurdamente, não dá mais para errar, pior, nem contar muito com o seguro.
Quando não ocorre problemas climáticos, os danos da cigarrinha são minimizados, portanto a safrinha deve ser plantada cedo, de preferência em janeiro, e variedades de ciclo longo, como o Brevant e o Agroeste são mais resistentes, e um biológico junto com o inseticida, nas primeiras passadas, também ajuda, e também a sorte de fazer sol e calor durante a polinização.
Se a sua roça for cercada por reservas, matas ciliar, ou roças de trigo, ela estará protegida da cigarrinha, mas se a roça do vizinho, também for de milho, então terá que combinar com ele, de passar o veneno ao mesmo tempo, senão a cigarrinha migrará, da roça dele para a sua.
Eu concordo com você Roberto quanto a seca e com a idéia, não sei se tua ou de outro comentarista de que existe uma maximização do problema da cigarrinha e uma minimização da quebra devido a seca, para a conab por exemplo não houve seca, o que houve foi uma pequena anormalidade climática, o que é mentira prá dizer o minimo. Hoje tem relatório da conab, vamos ver o que vão fazer com a quebra que evidentemente já está consolidada.
O piores problemas de cigarrinha estão presentes em determinadas regiões..., regioes onde a pecuária de leite está presente junto com lavouras de produção de grãos,... em resumo: onde se tem milho plantado o ano inteiro, e quanto menos altitude e maiores temperaturas a tendência da incidência será sempre maior pois o ambiente favorece a proliferação da praga,... é só seu vizinho começar a plantar mais milho verão tanto para grãos como pra silagem que conheceram o verdadeiro poder da praga,... isso vale para o mato grosso também senhor Quincas,... se nada for feito espere e verás.
Sr QUINCAS & Todos os que são contrários à CONAB ....
Vamos fazer uma retrospectiva ...
O ex-ministro da Agricultura do governo Dilma Wagner Rossi era ligado à CONAB.
Ele "saiu" do cargo por um (dentre muitos) motivo singular: Vivia pegando carona no jatinho da empresa OURO FINO, que foi agraciada pela autorização da fabricação da vacina antiaftosa por esse mesmo ministro. Aumentando o faturamento da empresa em 81%.
O seu filho, hoje deputado federal é BALEIA ROSSI, que na época era responsável pela CONAB no estado de São Paulo.
Lembram do "escândalo da merenda escolar" no estado de São Paulo? ...
Então, foi nessa época. E, o Michel Temer era o vice da Dilma. O PMDB da época é o MDB de agora. Mas, as pessoas são as mesmas, só que agora um pouco mais velhas e, com mais "experiência"!!!
Ah! Esqueci de perguntar... O deputado BALEIA ROSSI está "trabalhando" com quais interesses atualmente no CONGRESSO?
PROCUREM SE ATUALIZAR !!!
Mau olhado nao pega em cavalo gordo---Proverbio não falha ----Se o milho estivesse em melhores condições o efeito da cigarrinha seria menor----Pessoal chegou a hora de pensar em painéis fotovoltaicos que chegaram justamente para baratear a irrigação
Sr. Ângelo, a questão do vazio será que resolve ? Mas não se esqueçam temos os produtores de leite que não podemos ignorar , estes precisam de silagem . A situação é complicada pois os agroquimicos não conseguem controlar e daí?
Senhor Edmilson, realmente é uma situação muito sensível, entendo seu posicionamento perfeitamente. E deixo outra pergunta; qual é a saída?
Saudações a todos!!
Concordo com
o Sr. ÂNGELO MIQUELÃO, quanto à ideia do VAZIO SANITÁRIO para a cultura do milho...
Inclusive tempos atrás me manifestei nesse sentido aqui neste espaço..
Claro que em primeiro momento parece ser INVIÁVEL ou IMPRATICÁVEL, mas tudo é questão de COLOCAR OS MIOLOS e o BS(bom senso) para funcionar. Ciência e Inteligência existem para isso, enfrentar e superar as adversidades!!
Cigarrinha do milho e suas consequências são o maior desafio da cultura do milho no BR. E não adianta fechar os olhos para a questão,
tentando resolver na base de uma ou duas ferramentas. Há que se adotar todas as possíveis e viáveis práticas agronômicas, validadas pela pesquisa e pelo BS, sem paixões, ideologias ou interesses diversos, quaisquer que sejam!
Bom dia Cácio.
Concordo, o vazio sanitário pode ser uma importe medida de controle. Todavia, devemos ter o cuidado com o uso econômico e ideológico de normas burocráticas
O vazio sanitário da soja e do feijão apresentam discrepâncias regionais com efeitos negativos para o desenvolvimento tecnológico.
Muito bem, Sr. Roberto de Menezes!
Por isso fiz questão de ressaltar a questão dos interesses(de toda e qualquer monta)...
Há que se pensar nos benefícios a médio e longo prazos PARA A GRANDE MAIORIA, em detrimento do interesse de poucos!
O foco último será a SUSTENTABILIDADE, médio e longo prazos! O MILHO, cultura milenar, agradece!!
Geovani Salvetti Ubiratã - PR
Cigarrinha é um grande problema