Colheita do milho avança para 17,2% no MS e Famasul sustenta projeções iniciais de produção e produtividade
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes da colheita da segunda safra de milho no estado.
A Federação apontou que 17,2% das lavouras sul-mato-grossenses foram colhidas até a última sexta-feira (22). O índice é superior aos 4,1% da safra passada, mas inferior aos 27,7% da média dos últimos 5 anos.
Olhando para a qualidade das lavouras, os técnicos da Famasul indicaram que 80,8% da área está em boas condições, 12,8% em condições regulares e os 6,4% restantes em ruins.
“A semana passada foi marcada por altas temperaturas (acima de 30-33°C) e índices de umidade relativa do ar críticos em Mato Grosso do Sul devido a atuação de uma intensa massa de ar quente e seco. No dia 18/07 foi registrado 33,8°C em Três Lagoas, 33°C e umidade relativa do ar (UR) de 21% em Sonora. Dia 19/07 foi observado 15% de UR em Coxim e 18% em Costa Rica. No dia 20/07 Paranaíba registrou UR de 16% e Cassilândia 18%. Dia 21/07, em Rio Brilhante, foi observado temperatura máxima de 32,7°C”.
A publicação ainda destaca que a previsão probabilística da previsão acumulada para o trimestre de Julho-Agosto-Setembro mostra que as chuvas variam entre 50 a 300 mm, em grande parte do estado do Mato Grosso do Sul. De acordo com os modelos climáticos, a previsão mostra uma tendência de que as chuvas ficarão entre 40 a 50% abaixo da média climatológica.
As geadas ocorridas entre os meses de maio e junho não afetaram significativamente a produção, portanto a estimativa inicial se mantém. A estimativa para o milho segunda safra 2021/22 segue sendo de área de 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação a área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas.
“Ultrapassamos o período com possibilidades de redução do potencial produtivo da cultura, onde a geada na cultura até dia 15 de julho poderia comprometer a produtividade. Agora, as plantas já se encontram em fechamento de ciclo e a estimativa inicial se mantém”, explica a publicação.
Do lado do mercado, o preço médio da saca de milho no estado caiu durante a última semana. Entre os dias 18 e 25 de junho, a saca do cereal no Mato Grosso do Sul passou de R$ 67,69 para R$ 66,34 uma retração semanal de 5,98%.
Já na comparação anual, o preço da saca de milho caiu 22,65% entre os R$ 87,58 praticados em junho de 2021 e os R$ 67,74 contabilizados na média de julho de 2022.
Até este momento, os produtores sul-mato-grossenses já negociaram 26% de toda a produção estimada da segunda safra de 2022, um índice 16 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado para a safrinha de 2021.
0 comentário
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago
Preços futuros do milho começam a quinta-feira na estabilidade
Radar Investimentos: Plantio do milho na Argentina alcançou na última semana 38,6%
Milho inverte o sinal e termina o dia com pequenas altas na Bolsa de Chicago
Milho caminha de lado em Chicago nesta 4ª com pressão do trigo, mas suporte do petróleo