Milho segue dólar e internacional para recuar até 3,2% na B3 nesta 3ªfeira
A terça-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho operando no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram e ficaram flutuando na faixa entre R$ 85,33 e R$ 90,60.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 85,33 com desvalorização de 3,20%, o novembro/22 valeu R$ 859 com queda de 2,62%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 89,76 com baixa de 2,12% e o março/23 teve valor de R$ 90,60 com perda de 2,11%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a lógica da B3 foi recuar seguindo as quedas do dólar ante ao real nas movimentações cambiais e o recuo da Bolsa de Chicago, que teve um dia de liquidação.
“O porto de agosto tem indicação de R$ 84,00 e o de dezembro R$ 90,00, ontem chegou-se a pagar até R$ 86,00 no agosto e R$ 92,00 no dezembro”, aponta.
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Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho nesta terça-feira teve um dia de cautela nos negócios, acompanhando a baixa do petróleo em Nova York, que chegou a registrar recuo de mais de 2%, e a queda generalizada das commodities na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Além disso, o andamento da colheita da safrinha segue pressionando os preços do cereal.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a semana iniciou com lentidão e um ritmo fraco de negócios. “Agentes continuaram observando o movimento das cotações internacionais em Chicago e as influências da oscilação do câmbio nos portos. Enquanto isso, a colheita da safrinha segue em andamento, provocando pressão regional de baixa sobre os preços do cereal”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um segundo dia da semana bastante negativo. A única valorização verificada pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas apareceu no Oeste da Bahia. Enquanto isso, as praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Rio Verde/GO, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, as vendas externas dão liquidez aos negócios e mantêm a saca firme na casa dos R$ 82,50/sc, em Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou as atividades desta terça-feira contabilizando movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 5,96 com desvalorização de 15,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 5,95 com perda de 15,50 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 6,01 com baixa de 15,00 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,05 com queda de 14,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (18), de 2,61% para o setembro/22, de 2,46% para o dezembro/22, de 2,44% para o março/23 e de 2,26% para o maio/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho caíram após três sessões consecutivas de ganhos em uma retração técnica, diminuindo em conjunto com as perdas nos mercados de commodities mais amplos.
“A fraca demanda de exportação em meio à concorrência global também pesa sobre os valores”, destaca Karl Plume, da Reuters Chicago.
Após o fechamento do mercado da última segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) classificou 64% da safra norte-americana em condições boas a excelentes. Na visão de Plume, essas avaliações inalteradas para a safra de milho dos EUA aumentaram a pressão nos preços, já que os analistas esperavam uma queda de dois pontos.
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