Quinta-feira finaliza com flutuações altistas para os futuros do milho nas Bolsas e no físico
A quinta-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho se consolidando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3) e contabilizando movimentações altistas, deixando as principais cotações na faixa entre R$ 82,80 e R$ 89,00.
O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 82,80 com ganho de 0,83%, o setembro/22 valeu R$ 86,19 com valorização de 1,75%, o novembro/22 foi negociado por R$ 87,75 com elevação de 1,64% e o janeiro/23 teve valor de R$ 89,00 com alta de 1,64%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, houve uma correção na B3 após o mercado de porto dar uma pequena melhorada nas condições para a exportação.
“No mercado de porto, tanto de Rio Grande quanto de Paranaguá e de Santos, o milho curto de julho/agosto está em R$ 86,00 e o milho lá de dezembro está em R$ 90,00. O milho já chegou a mais de R$ 100,00 e hoje está abaixo, mas é porque antes se negociava à US$ 7,00 em Chicago e agora está tentando ficar na base na faixa de US$ 6,00”, destaca.
Brandalizze ainda afirma que estamos entrando em um momento de pressão de baixas, com a proximidade do pico da colheita da safrinha brasileira. “É normal ter pouco armazém e tem uma super safrinha chegando, com a Conab estimando 88,5 milhões de toneladas, a maior safrinha da história”, diz.
Na visão da Agrinvest, o milho brasileiro está mais competitivo e a demanda externa está voltando. “Corretores comentam sobre três barcos negociados ontem nos portos do Norte”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um dia de mais altas do que baixas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, encontrou desvalorizações apenas em Dourados/MS e Oeste da Bahia. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Porto de Paranaguá/PR e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a pressão de oferta se sobrepõe no mercado do milho levando a saca em Campinas/SP a se aproximar dor R$ 82,00/sc”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou um pregão positivo para os preços internacionais do milho futuro que, em sua maioria, subiram nesta quinta-feira.
O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,47 com alta de 2,75 pontos, o setembro/22 valeu US$ 6,09 com ganho de 9,25 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 5,96 com valorização de 11,25 pontos e o março/23 teve valor de US$ 6,02 com elevação de 10,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (06), de 0,40% para o julho/22, de 1,67% para o setembro/22, de 1,88% para o dezembro/22 e de 1,86% para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho subiram 2% ao longo desta quinta-feira, para se afastar das mínimas de vários meses atingidas na sessão anterior.
Traders disseram que os mercados se tornaram tecnicamente super vendidos após as recentes quedas. Eles continuam enfrentando uma perspectiva de oferta incerta, já que a guerra na Ucrânia interrompe as exportações de grãos do Mar Negro, enquanto as colheitas dos Estados Unidos entram em fases cruciais de crescimento no verão.
A publicação destaca ainda que, as previsões para o clima seco no Meio-Oeste dos EUA até meados de julho, um período crítico para o desenvolvimento do milho, também ajudaram a sustentar os ganhos.
“O mercado parecia terrível tecnicamente, mas os indicadores de impulso estão começando a subir. A incerteza do clima no período crítico de agosto deve sustentar os preços por enquanto”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage.
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