Milho derrete até 4% ao longo da semana na B3, mesmo com ganhos na 6ªfeira
A sexta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3) e flutuando na faixa entre R$ 87,45 e R$ 95,29.
O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 87,45 com ganho de 0,75%, setembro/22 valeu R$ 90,40 com valorização de 1,46%, o novembro/22 foi negociado por R$ 92,60 com alta de 0,78% e o janeiro/23 teve valor de R$ 95,29 com elevação de 0,78%.
Já na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorização de 4,09% para o julho/22, de 3,81% para o setembro/22, de 3,84% para o novembro/22 e de 4,09% par ao janeiro/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17).
As cotações do milho no Brasil subiram nesta sexta-feira se recuperando das últimas perdas e acompanhando as movimentações internacionais e a flutuação cambial, com o dólar se valorizando ante ao real ao longo do dia.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a colheita da segunda safra de milho do Brasil está avançando e, nas próximas semanas os relatos de grandes volumes de milho chegando vão começar a aumentar.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais perdas do que ganhos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações apareceram em Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Dourados/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, "com a influência do mercado externo e avanço da colheita do milho safrinha, a saca do grão recua para R$ 86,00 em Campinas/SP”.
O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta que, “as recentes quedas dos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), incluindo o forte recuo no pregão de ontem, não passaram despercebidas por participantes do mercado brasileiro. Tradings que tinham virado suas compras para o milho reduziram os preços nos últimos dias”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou o último dia da semana acumulando movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,53 com alta de 3,50 pontos, setembro/22 valeu US$ 6,81 com elevação de 16,00 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 6,73 com valorização de 18,50 pontos e o março/23 teve valor de US$ 6,79 com ganho de 18,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (23), de 0,94% para o julho/22, de 2,25% para o setembro/22, de 2,75% para o dezembro/22 e de 2,72% para o março/23.
Já na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 3,95% para o julho/22, de 7,60% para o setembro/22, de 7,93% para o dezembro/22 e de 7,62% para o março/23, com relação do fechamento da última sexta-feira (17).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho foram mais altos, com compras mais baratas após o mercado cair 3,3% em relação às quatro sessões anteriores.
“Os preços parecem ter se estabilizado nos níveis atuais. Os comerciantes que venderam durante toda a semana provavelmente vão querer obter algum lucro nessas posições antes do fim de semana”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage, em nota aos clientes.
Apesar disso, os ganhos foram limitados por uma perspectiva climática para o Meio-Oeste dos Estados Unidos, que exigia boas condições para o desenvolvimento da safra.
A publicação destaca que, depois que as temperaturas diminuíram nesta semana após uma onda de calor, o foco está em quanta chuva atingirá o Centro-Oeste, à medida que as culturas de milho e soja se aproximam dos principais estágios de crescimento do verão.
“O estresse da secura pode se espalhar para cerca de 40% do milho e da soja dos EUA na próxima semana, antes que as chuvas reduzam as áreas mais secas para menos de um terço do cinturão”, disse o Commodity Weather Group em nota.
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