Milho se fortalece na B3 e encerra a 4ªfeira operando acima dos R$ 90,00
A quarta-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando novas movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3), com as principais cotações flutuando na faixa entre R$ 90,00 e R$ 98,00.
O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 90,16 com valorização de 1,36%, o setembro/22 valeu R$ 92,95 com ganho de 0,98%, o novembro/22 foi negociado por R$ 95,10 com alta de 1,07% e o janeiro/22 teve valor de R$ 98,00 com elevação de 1,07%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa foi uma alta momentânea o mercado internacional impactando, mas o mercado de porto ainda segue encolhendo suas relações.
“O pessoal fala em milho no porto entre R$ 92,00 e R$ 97,00 até novembro e dezembro, cotações que pagavam R$ 100,00 até alguns atrás. O mercado doméstico também está estável de R$ 81,00 a R$ 84,00 no Rio Grande do Sul e de R$ 75,00 a R$ 80,00 no Paraná”, diz Brandalizze.
Apenas nos 8 primeiros dias úteis de junho, o Brasil já exportou 288,676,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Sendo assim, o volume acumulado neste período corresponde já é 213,2% maior do que as 92.169,3 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de junho de 2021.
No mesmo período, o país importou 51.372,1 toneladas de milho, que já é 55,9% de tudo o que foi registrado na totalidade de junho de 2021 (116.732 toneladas).
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações de altas e baixas nesta véspera de feriado nacional. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Palma Sola/SC, Dourados/MS e Porto Paranaguá/PR. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com maior apetite exportador, a saca de milho valoriza no mercado doméstico com preço médio de R$86,50 em Campinas/SP”.
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Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou as atividades desta quarta-feira muito próxima da estabilidade para os preços internacionais do milho futuro. Com exceção do primeiro contrato, que registrou elevações, os demais ficaram praticamente inalterados.
O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,74 com elevação de 5,75 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,29 com perda de 0,50 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,21 com baixa de 0,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 7,26 com estabilidade.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (14), de 0,78% para o julho/22, além de estabilidade para o setembro/22, para o dezembro/22 e para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho foram mistos, com os fortes mercados à vista domésticos nos Estados Unidos apoiando os futuros próximos de julho na Chicago Board of Trade.
A publicação ainda destaca que, os comerciantes de milho e soja estavam monitorando um período de calor no Centro-Oeste norte-americano, onde o plantio de ambas as safras está quase completo após um início lento devido ao clima frio e úmido em abril e maio.
“Inicialmente, esse clima quente e seco será bom para as lavouras, precisávamos dele. Mas se durar muito mais, passará de bom a ruim rapidamente”, disse Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago.
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Julie Ingwersen, da Reuters Chicago, destaca ainda que enquanto isso, os temores de uma desaceleração econômica, alimentada pelo aumento da inflação e bloqueios na China para combater novos surtos de COVID-19, desviaram a atenção da interrupção do fornecimento de grãos causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
“As tendências globais de inflação e crescimento são cada vez mais uma preocupação e, de forma preocupante, um cenário de base recessivo é para onde muitos investidores parecem estar indo”, disse Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.
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