Milho: Mercados na B3 e em Chicago fecham semana com baixas fortes nesta 6ª

Publicado em 06/05/2022 17:21

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A sexta-feira (6) se encerra com os preços do milho no vermelho nos mercados futuros. Tanto na Bolsa de Chicago, quanto na B3, as cotações do cereal cederam agressivamente, porém, aqui no Brasil, mais uma vez o dólar ajudou a limitar o recuo dos preços. A divisa subiu quase 1% para superar os R$ 5,00 depois de uma semana intensa e muito volátil. 

Na bolsa brasileira, os preços do milho perderam de mais de 1% nos primeiros vencimentos, levando o julho a R$ 91,98 por saca. O setembro/22, referência importante para a segunda safra, fechou com R$ 94,48 por saca. 

No interior do país, os preços se mantivem estáveis, dado o suporte vindo do dólar. As referências seguem oscilando, nas principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, de R$ 72,00 a R$ 85,00 por saca, a depender da região. Nos portos, os preços seguem registrando indicativos importantes, bem remuneradores e acima dos R$ 90,00. 

Ainda assim, é preciso atenção com a chegada da segunda safra podendo pesar sobre os preços. "O mercado está de olho na safrinha, safrinha esta que recebeu boas chuvas nos últimos dias em algumas regiões e a grande questão é que estamos com recorde de área plantada", volta a afirmar Vlamir Brandalizze, consultor de mercado Brandalizze Consulting. 

"Assim, o momento é de calmaria, com os grandes compradores esperando pela nova safra e os bons negócios saindo nos portos, de julho para frente, principalmente", afirma o consutor. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, as perdas entre as posições mais negociadas foram de 11,50 a 17,75 pontos, levando o maio a US$ 7,92, o julho a US$ 7,84 e o setemro a US$ 7,42 por bushel. O mercado recuou, ao menos em partes, pelo forte senitmento de aversão ao risco ainda muito presente no mercado de commodities agrícolas. 

A semana vai se encerrando com um forte sentimento de aversão ao risco, segundo avalia o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, e parte desse sentimento tem sido, há meses, alimentado por esses atrasos e incertezas logísticas que seguem se agravando. 

"A China segue empacada com sua política zero-covid, setor de serviços na China sob forte pressão, empresas pensando em sair do país e 25% dos containers do mundo parados, deixando as cadeias de suprimentos cada vez mais estressadas", diz. 

Além do financeiro, as previsões sinalizando condições melhores de clima para o plantio do meio da semana que vem em diante ajudaram a pesar sobre as cotações. 

"Os produtores esperam que isso seja suficiente para fazer mais plantadeiras rodarem. Infelizmente, isso também significou uma rodada de vendas técnicas nesta sexta-feira, derrubando os preços do milho e da soja em mais de 1%", explicaram os analistas de mercado do site internacional Farm Futures. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • João Carlos Costa Barbosa Cidade Ocidental - GO

    Uma opinião que sugeri algumas vezes, vocês deveriam repassar as informações de preços nos portos - a media de preços realidade do frete rodoviário interior logística seja soja, milho, como exemplo dando a base real dos preços FOB interior destes produtos, e não somente mostrar preços nos portos dando ilusão aos produtores que não existem nas principais praças de produção, mostrem os preços praticados FOB interior e não somente CIF nos portos.

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