Milho recua nesta 4ªfeira com B3 de olho em “super safrinha”
A quarta-feira (27) chega ao fim com os preços futuros do milho acumulando recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações começaram o dia em baixa, chegaram a esboçar altas no meio do pregão, mas encerraram as atividades no campo negativo.
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 93,29 com desvalorização de 1,98%, o julho/22 valeu R$ 94,20 com baixa de 1,63%, o setembro/22 foi negociado por R$ 96,65 com perda de 0,22% e o novembro/22 teve valor de R$ 97,95 com queda de 0,37%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 continua vendo uma super safrinha já que, mesmo com esses problemas de falta de chuvas no Mato Grosso, a maior parte da safra mato-grossense já está assegurada.
“Vai perder produtividade, isso é certo, ali na região de Diamantino, Nova Mutum, Deciolândia, Tangará da Serra, parte de Campo Novo do Parecis que têm plantio mais tardio e áreas mais arenosas, mas no geral, o nortão do Mato Grosso está indo muito bem e já indo para a reta final, assim como quem plantou dentro da janela. A safra do Mato Grosso vai ser gigante mesmo com esses problemas”, afirma Brandalizze.
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Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um dia de elevações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas no Oeste da Bahia. Por outro lado, as valorização apareceram em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, o “apetite exportador mais ativo e clima seco no Brasil Central movimentam os mercados físico e futuros do cereal. Em Campinas/SP o valor da saca supera os R$ 89,00”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) foi ganhando força ao longo da quarta-feira e encerrou as atividades do dia contabilizando novas movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 8,15 com valorização de 12,25 pontos, o julho/22 valeu US$ 8,12 com ganho de 10,75 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 7,66 com alta de 6,75 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 7,49 com elevação de 6,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (26), de 1,49% para o maio/22, de 1,37% para o julho/22, de 0,79% para o setembro/22 e de 0,81% par ao dezembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho subiram com o contrato mais ativo atingindo seu maior nível em quase uma década, já que as perspectivas climáticas mostraram pouco alívio do clima frio e úmido que estava mantendo os produtores do Centro-Oeste dos Estados Unidos fora dos campos.
A publicação destaca que, a última previsão ameaçou empurrar o plantio de milho além da janela ideal em muitas áreas do Centro-Oeste, o que poderia fazer com que as perspectivas de colheita caíssem em um ano em que a oferta global de grãos já estivesse apertada.
“Não podemos perder hectares e não podemos perder rendimento”, disse John Zanker, analista de mercado da Risk Management Commodities em Indiana.
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