Milho ganha força ao longo da 4ªfeira, deixa realização de lucro e sobe em Chicago
A quarta-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho ganhando um pouco de força ao longo do dia nas operações da Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 87,95 com queda de 0,29%, o julho/22 valeu R$ 88,36 com alta de 0,18%, o setembro/22 foi negociado por R$ 89,34 com ganho de 0,44% e o novembro/22 teve valor de R$ 91,00 com elevação de 0,74%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado de milho no Brasil hoje acontece somente nos portos, enquanto no interno os consumidores seguem aguardando a chegada da safrinha.
“Ninguém quer se posicionar. No CIF do Sul está em R$ 90,00 e sem girar muita coisa. No porto hoje está de R$ 88,00 para a posição de julho até R$ 92,00 para a posição de dezembro. Mercado está estável e sem novidades”, pontua.
A SAFRAS & Mercado também enxerga o mercado brasileiro de milho com movimentações lentas na comercialização, diante da boa disponibilidade de oferta interna, a queda registrada em Chicago e o movimento de retração de dólar, que deixam os consumidores na defensiva, à espera de cotações ainda menores no Brasil.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os consumidores apontam para relativo conforto em seus estoques e seguem tentando escalonar as compras, aguardando a safrinha.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais perdas do que ganhos nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Dourados/MS. Já as desvalorizações apareceram em Cascavel/PR, Oeste da Bahia, Luís Eduardo Magalhães/BA, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado de milho disponível segue esvaziado e com fraquíssima movimentação, apesar da necessidade de alguns produtores de abrir espaço em silos para a segunda safra que será colhida em breve. Há poucos compradores em busca do grão, o que leva a uma gradual queda dos preços”.
A análise diária de Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “no mercado físico do milho, a pressão baixista continua e a saca recua para próximo dos R$ 88,00 em Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também ganhou força ao longo da quarta-feira e os preços internacionais do milho futuro encerraram as atividades acumulando flutuações positivas.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,83 com valorização de 7,25 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,78 com alta de 5,50 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 7,47 com ganho de 3,25 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 7,35 com elevação de 7,35 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira (12), de 0,90% para o maio/22, de 0,78% para o julho/22, de 0,54% para o setembro/22 e de 0,55% para o dezembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho subiram com os temores de atrasos no plantio dos Estados Unidos e perspectivas incertas de produção na Ucrânia.
A publicação destaca que, os futuros de milho até caíram mais cedo, com os comerciantes registrando lucros antes de um fim de semana de feriado de três dias, com os mercados dos EUA fechados na sexta-feira. Mas as preocupações com o início lento do plantio no Centro-Oeste norte-americano ajudaram a elevar novamente os valores.
“Os últimos meses no milho ainda estão sendo apoiados não apenas pela situação da Ucrânia, mas pelo clima úmido e frio nos EUA nos próximos dias”, disse Terry Reilly, analista sênior da Futures International. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que o plantio de milho estava 2% concluído até domingo, e Reilly acredita que o progresso pode chegar a apenas 4% até o final desta semana.
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