Plantio de milho da China enfrenta atrasos com agricultores presos por lockdowns

Publicado em 13/04/2022 09:45 e atualizado em 13/04/2022 10:16

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Por Hallie Gu e Dominique Patton

(Reuters) – O plantio de milho em uma das principais áreas produtoras da China pode ser adiado, já que muitos dos milhões de agricultores da região lutam para voltar para casa de empregos temporários na cidade por causa dos rigorosos lockdowns contra o coronavírus.

Qualquer atraso no plantio pode afetar a produção do segundo produtor mundial de milho, onde os preços do grão já estão em níveis recordes e o apoio do governo à soja também ameaça reduzir o cultivo.

As províncias do nordeste da China sofreram semanas de restrições de deslocamento com as medidas mais duras na província de Jilin, onde os casos de Covid-19 dispararam no início de março.

Com o momento crítico para a semeadura de grãos se aproximando rapidamente, alguns agricultores permanecem presos e estão ficando cada vez mais preocupados, apesar das recentes promessas do governo de resolver o problema.

O fornecimento de fertilizantes para a região também foi interrompido pelas restrições de transporte, e os agricultores já estão enfrentando preços recordes do nutriente, bem como do diesel e outros custos.

Os pequenos agricultores na China normalmente realizam trabalhos manuais nas cidades durante os meses de inverno, quando a atividade agrícola é interrompida.

Após milhares de agricultores irem às mídias sociais na semana passada para desabafar suas frustrações com a situação, o governo de Jilin interveio para organizar um transporte especial.

Quase 100.000 agricultores retidos voltaram para casa em 10 de abril, segundo as autoridades locais.

O plantio está “um pouco atrasado, mas o impacto não será grande”, disse o Farmers Daily, veículo apoiado pelo Estado, na segunda-feira.

Não está claro quantos agricultores ainda estavam presos nas cidades de Jilin ou em locais mais distantes devido às medidas contra o coronavírus.

(Por Hallie Gu, Dominique Patton e Redação de Pequim)

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Fonte:
Reuters

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