Falta apenas 2% da safrinha para ser plantada no MS, aponta Famasul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes do plantio da segunda safra de milho no estado.
Até o dia 25 de março, os produtores sul-mato-grossenses haviam semeado 98% da safra estimada. O índice é superior aos 97,9% registrados no mesmo período da safra passada, mas inferior aos 99,5% da média dos últimos 5 anos.
O boletim levanta ainda que, o prognóstico climático demonstra grande variação das chuvas ao decorrer da safra, e que o produtor pode ter vários problemas ao efetuar a semeadura fora da janela recomendada do Zoneamento Agrícola de Risco Climático. “Em alguns solos argilosos podendo efetuar o plantio com 40% de risco até dia 31 março”.
Os técnicos da Famasul estimam que a área plantada nesta segunda safra de milho seja de, aproximadamente, 1,992 milhão de hectares, com uma retração de 12,6% quando comparado a área da 2ª safra 2020/2021 que foi de 2,28 milhões de hectares. Já a produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, a média de sacas por hectare é considerada conservadora para potencial produtivo da cultura, gerando uma produção de 9,34 milhões de toneladas.
“A alta demanda por grãos pode impulsionar os preços e ainda aumentar a área plantada no estado”, ressalta a Federação, que ainda alerta que, por outro lado, há “muitos produtores optando por culturas que exigem menor demanda hídrica”.
Do lado do mercado, o preço médio da saca de milho no estado caiu durante a última semana. Entre os dias 28 de março e 04 de abril, a saca do cereal no Mato Grosso do Sul passou de R$ 82,38 para R$ 77,75 uma queda semanal de 5,61%.
“A desvalorização do preço milho foi maior nos municípios de São Gabriel do Oeste e Dourados, com queda na ordem de 10,11% e 8,75%, respectivamente”, destaca o relatório.
Já na comparação anual, o preço da saca de milho subiu 1,42% entre os R$ 78,79 praticados em março de 2021 e os R$ 79,91 contabilizados em março de 2022.
Até este momento, os produtores sul-mato-grossenses já negociaram 13% de toda a produção estimada da segunda safra de 2022, um índice 15 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado para a safrinha de 2021.
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