Dólar volta a pressionar nesta 4ªfeira e milho contabiliza novos recuos na B3
A quarta-feira (23) chega ao final com os preços futuros do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações em campo misto, mas essencialmente negativas.
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 98,43 com desvalorização de 1,07%, o julho/22 valeu R$ 96,20 com perda de 0,33%, o setembro/22 foi negociado por R$ 95,54 com alta de 0,04% e o novembro/22 teve valor de R$ 97,73 com queda de 0,22%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o dólar em baixa aqui no Brasil está afetando o milho na B3, que já perdeu os R$ 100,00 e segue descendo.
“O mercado doméstico de balcão também está recuando e hoje varia de R$ 85,00 à R$ 92,00 no máximo no Sul e Sudeste, e patamares de R$ 75,00 à R$ 85,00 no Centro-Oeste. O mercado do milho um pouco mais calmo, não caiu muito internamente, mas está com leve pressão de queda”, diz Brandalizze.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de negócios calmos e de viés de baixa nos preços, em meio ao aumento na disponibilidade de oferta por parte dos produtores.
“O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de preços de estáveis a mais baixos. Em mais um dia lento na comercialização, as cotações mostraram uma tendência negativa com o aumento da fixação por parte dos produtores”, diz a consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também contabilizou mais recuos do que elevações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Pato Branco/PR e Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram em Cascavel/PR, Castro/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Amambai/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o desaquecimento da demanda externa por milho brasileiro abriu espaço para que consumidores domésticos reduzissem os preços oferecidos pelo cereal. Até então, estes compradores vinham sendo impelidos a pagar mais para concorrer com tradings”.
A análise diária da Agrifatto Consultoria, ainda acrescenta que, “a demanda se afasta das compras levando a saca para a casa dos R$102,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) permaneceu com movimentações altistas durante toda a quarta-feira para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,57 com elevação de 4,75 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,34 com valorização de 5,00 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 6,87 com ganho de 2,25 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 6,72 com alta de 2,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira (22), de 0,53% para o maio/22, de 0,69% para o julho/22, de 0,29% para o setembro/22 e de 0,30% para o dezembro/22.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram depois que o otimismo das exportações dos Estados Unidos e as preocupações com a capacidade de exportação da Ucrânia levaram a outra rodada de compras técnicas hoje.
Outro ponto de suporte foi a produção de etanol atingiu o nível mais alto desde meados de janeiro, de acordo com os dados mais recentes da Administração de Informações sobre Energia dos EUA, divulgados hoje cedo. A produção média de 1,042 milhão de barris por dia na semana encerrada em 18 de março.
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