B3 segue o dólar e milho recua nesta terça-feira
A terça-feira (22) chega ao final com saldo negativo para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações foram perdendo força ao longo do pregão e encerram recuando até 1,7%.
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 99,49 com desvalorização de 1,79%, o julho/22 valeu R$ 96,52 com baixa de 1,43%, o setembro/22 foi negociado por R$ 95,50 com queda de 1,50% e o novembro/22 teve valor de R$ 97,95 com perda de 1,46%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado está calmo e recuou cerca de R$ 2,00 por saca em todas as regiões brasileiras. “É sinal de que já está estrangulado e o setor de demanda está demandando pouco. Acomodação de mercado”, diz.
Outro ponto apontado por Brandalizze como contribuinte para os recuos de hoje foi a queda do dólar ante ao real. “Até ontem se pagava de R$ 94,00 a R$ 100,00 no porto para exportação em julho e dezembro, hoje já se fala em R$ 92,00 e R$ 98,00”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira.
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a saca de milho em Campinas/SP inicia a semana com as atenções voltadas para o cenário internacional, uma vez que o mercado doméstico está travado”.
O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta ainda que, “a queda do dólar chama atenção, principalmente pensando na paridade de exportação no segundo semestre de 2022. O fluxo de entrada de capital estrangeiro no Brasil com menos opções de países emergentes, a alta rápida e forte de juros do Banco Central e as boas condições da safrinha merecem observação”.
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Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro encerraram a terça-feira acumulando movimentações em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). As primeiras cotações registraram flutuações negativas, enquanto as próximas posições subiram.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,53 com queda de 3,25 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,29 com alta de 1,50 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 6,85 com ganho de 3,50 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 6,70 com elevação de 6,00 pontos.
Esses índices representaram perda, com relação ao fechamento da última segunda-feira (21), de 0,40% para o maio/22, além de altas de 0,14% para o julho/22, de 0,59% para o setembro/22 e de 0,90% para o dezembro.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho, assim como os do trigo, foram mistos, com os contratos próximos diminuindo e as ofertas diferidas subindo.
Na visão de Mark Weinraub da Reuters Chicago, as expectativas de um conflito prolongado entre os exportadores de grãos Rússia e Ucrânia aumentaram as preocupações sobre a oferta global e deram suporte aos contratos adiados de trigo e milho.
O mercado se acomodou de maneira mais calma no pregão de hoje. “Ele já andou mais do lado de cima, mas está sentido que não há muito mais espaço para avançar, já que as vendas norte-americanas também estão lentas”.
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