Milho: B3 tem 5ª feira de baixas, mas preços no BR seguem em patamares elevados e remuneradores
A quinta-feira (17) foi negativa para os futuros do milho negociados na Bolsa Brasileira - B3 - e se encerrou com perdas de 0,25 a 0,7% entre as posições mais negociadas. O contrato maio fechou o dia com R$ 102,99 por saca, enquanto o setembro foi a R$ 97,40. Apesar das altas de mais de 3%, novamente, sendo registradas para o cereal na Bolsa de Chicago, o dólar caindo mais de 1% frente ao real ajudou na pressão sobre as cotações.
Além do peso do câmbio, o mercado futuro brasileiro de milho também cedeu frente ao bom avanço do plantio da segunda safra, embora toda a temporada ainda esteja em aberto e suscetível à condições de clima. Os mapas, porém, mostram condições bastante favoráveis para as lavouras nas próximas semanas, salvo a primeira onda de frio intenso que poderia chegar junto com o inverno.
Os negócios, todavia, são tímidos e pontuais, como explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. "A indústria está recebendo milho da safra que está em colheita (da safra de verão) a nível de balcão", diz. Ainda assim, são preços importantes, não só no mercado interno, mas também nos portos brasileiros.
Para os portos, as referências variaram entre R$ 111,00 em Rio Grande, R$ 110,00 Paranaguá, para os embarques mais curtos. Para julho, algo entre R$ 96,00 e R$ 97,00; para outubro R$ 98,00 a R$ 99,00 e para dezembro entre R$ 102,00 e R$ 103,00 por saca. "O mercado está com boas cotações, acima da marquinha esperada nos portos. As cotações estão muito boas para a safrinha e a safrinha está indo bem na maioria das regiões. Então é importante ter boas cotações nos portos para não haver uma queda muito brusca na hora da colheita", complementa o consultor.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, a quinta-feira foi mais um dia de altas bastante fortes para as cotações do milho. Os futuros do cereal subiram entre 15,25 e 24,50 pontos nos principais contratos, levando o maio a ser cotado a US$ 7,54 e o julho a US$ 7,18 por bushel. O mercado acompanhou as altas fortes também do trigo - que subiu mais de 30 pontos - e do petróleo, que registra ganhos de quase 9% no WTI e no brent.
Segundo analistas internacionais, as altas também foram reflexo de um movimento mais intenso de compras técnicas frente a uma preocupação do mercado com a oferta ajustada e uma demanda intensa pelo cereal, em especial nos EUA. Nesta quinta, uma nova venda de milho foi informada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), bem como o reporte semanal de vendas para exportação do órgão trouxe ainda dados acima das expectativas tanto para o volume da safra velha, quanto da safra nova.
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