B3 volta do Carnaval em alta e milho encosta nos R$ 100,00 novamente
A Bolsa Brasileira (B3) retornou aos trabalhos após o Carnaval com pregão mais curto nesta quarta-feira (02) e com os preços futuros do milho
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 99,73 com alta de 2,47%, o maio/22 valeu R$ 99,49 com elevação de 2,83%, o julho/22 foi negociado por R$ 94,09 com valorização de 3,23% e o setembro/22 teve valor de R$ 93,80 com ganho de 3,01%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue na calmaria com a colheita avançando no Sul e no Sudeste e começando em Goiás e Bahia. Além disso, o plantio da safrinha também vai para a reta final e o clima está bom.
“Isso dá tranquilidade aos compradores e ninguém quer fazer muita pressão, com os indicadores internos de R$ 95,00 junto aos compradores. O porto dá a chance de até R$ 92,00 na exportação, mas não há pressão de vendas”, aponta Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho subiu nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Maracaju/MS e Campo Grande/MS. Já as valorizações apareceram valorizações nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Oeste da Bahia e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, o mercado físico do milho inicia uma nova semana após a última, que foi marcada pelo clima de Carnaval, com a saca em Campinas/SP nos R$ 97,00/sc.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) teve uma quarta-feira de muita volatilidade para os preços internacionais do milho futuro que flutuaram entre altos e baixos ao longo do pregão.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 7,39 com queda de 0,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 7,25 com perda de 0,75 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,93 com baixa de 14,00 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 6,27 com desvalorização de 16,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (01), de 1,98% para o julho/22 e de 2,64% para o setembro/22, além de estabilidade para o março/22 e de maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho atingiram seu preço mais alto desde dezembro de 2012, quando o mercado estabeleceu um recorde histórico, antes de recuar.
“Os mercados estavam voláteis enquanto os comerciantes avaliavam quanto tempo o conflito Rússia-Ucrânia duraria e se isso prejudicaria o plantio de safras de primavera”, destaca Tom Polansek da Reuters Chicago.
Rússia e Ucrânia respondem por cerca de 29% das exportações globais de trigo, 19% das exportações de milho e 80% das exportações de óleo de girassol, que concorre com o óleo de soja.
“A batalha entre a Rússia e a Ucrânia levou ao fechamento dos portos do Mar Negro e eles provavelmente ficarão fechados por pelo menos 60 a 90 dias. Isso força o mercado a não exportar para fora dessa região até a primavera e deixa o comércio incerto sobre como será a produção na Ucrânia em 2022”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa.
Vlamir Brandalizze ainda ressalta que esta quarta-feira foi um dia comandado pelas liquidações técnicas na Bolsa norte-americana e realização de lucros após as grandes elevações registradas no pregão da última terça-feira (01).
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