Sexta-feira foi de realização de lucros e desvalorizações de até 5% para o milho nas Bolsas
A sexta-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3), mas ainda assim acumulando movimentações positivas ao longo da semana.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 97,33 com desvalorização de 1,32%, o maio/22 valeu R$ 96,75 com perda de 0,65%, o julho/22 foi negociado por R$ 91,15 com baixa de 0,81% e o setembro/22 teve valor de R$ 91,06 com queda de 1,03%.
Na comparação semanal, os contratos de cereal brasileiro acumularam ganhos de 0,55% para o março/22, de 2,82% para o maio/22, de 2,50% para o julho/22 e de 2,31% para o setembro/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 já está se acomodando porque a colheita da primeira safra está ganhando ritmo com muito milho ainda para ser colhido e o plantio da safrinha também está andando dentro do normal.
“Vamos ter recorde histórico de área plantada de milho e recorde histórico de área plantada de sorgo. Isso dá tranquilidade ao setor de ração e deixa o mercado acomodado, com pressão levemente de baixa. Mesmo assim, isso deve beneficiar tanto o produtor, que as cotações são boas, quanto o comprador que vai conseguir volumes com preços melhores”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Cascavel/PR e verificou desvalorizações apenas nas praças de Campo Novo do Parecis/MT e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a semana se aproxima do fim com pouca movimentação no mercado físico, mantendo a saca em Campinas/SP nos R$ 97,00/sc”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) despencou nesta sexta-feira para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,59 com desvalorização de 35,50 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,55 com baixa de 34,50 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,44 com perda de 34,50 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,94 com queda de 26,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (24), de 5,18% para o março/22, de 5,07% para o maio/22, de 5,01% para o julho/22 e de 4,19% para o setembro/22.
Na comparação semanal, os contratos de cereal brasileiro acumularam altas de 0,76% para o março/22 e de 0,46% para o maio/22, além de perdas de 0,46% para o julho/22 e de 2,30% para o setembro/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (18).
Segundo informações da Agência Reuters, o milho caiu em relação ao pico de oito meses de quinta-feira com traders de grãos liquidando posições compradas antes do fim de semana. A publicação ainda destaca que, o mercado continua a avaliar as consequências sobre a oferta de grãos e oleaginosas do conflito entre dois dos maiores exportadores do mundo.
“Há uma grande mudança no fluxo de dinheiro antes do fim de semana. Entramos em território de sobre compra nos gráficos e postamos uma grande correção. Acrescente a incerteza sobre por quanto tempo as exportações serão interrompidas, e é por isso que estamos vendo essa realização de lucros e longos fracos sendo eliminados, disse Karl Setzer, analista de mercado da Agrivisor.
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