Milho despenca quase 3% em Chicago enquanto mercado tenta entender reflexos dos conflitos
A sexta-feira (25) começa com os preços futuros do milho apresentando leves recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações deixavam as altas de ontem para trás e operavam em campo negativo por volta das 09h14 (horário de Brasília).
O vencimento março/22 era cotado à R$ 97,34 com perda de 1,31%, o maio/22 valia R$ 96,08 com desvalorização de 1,33%, o julho/22 foi negociado por R$ 91,00 com queda de 0,97% e o setembro/22 tinha valor de R$ 91,00 com baixa de 1,10%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este é um bom momento para o produtor brasileiro buscar novas fixações, já que os preços dos portos rondam os R$ 100,00 a saca para exportação.
“A B3 está andando perto dos R$ 100,00 também e ficando nos melhores níveis do ano e da história para exportação. Quem tem a safrinha aí pela frente e já plantou pode aproveitar essas fixações futuras com cotações muito boas antes de o milho acalmar e acomodar”, aconselha Brandalizze.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) abriu o último dia da semana com fortes recuos para os preços internacionais do milho futuro, também deixando de lado as elevações de quinta-feira por volta das 09h02 (horário de Brasília).
O vencimento março/22 era cotado à US$ 6,76 com baixa de 18,25 pontos, o maio/22 valia US$ 6,71 com perda de 19,25 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,58 com desvalorização de 20,00 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 6,03 com queda de 17,50 pontos.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho recuou do pico de oito meses de quinta-feira, enquanto o mercado tentava avaliar as consequências sobre a oferta de grãos e oleaginosas em meio ao conflito entre dois dos maiores exportadores do mundo.
A publicação ainda destaca que, a Rússia e a Ucrânia respondem por 29% das exportações globais de trigo, 19% das exportações mundiais de milho (milho) e 80% das exportações mundiais de óleo de girassol. A invasão de Moscou levou a Ucrânia a fechar seus portos enquanto a Rússia suspendeu o transporte comercial no Mar de Azov, aumentando a perspectiva de os importadores terem de encontrar fontes alternativas de abastecimento.
“Os mercados estão muito nervosos e no ambiente atual a volatilidade é sem precedentes. O impacto do conflito na bacia do Mar Negro é difícil de analisar, dependendo principalmente da duração do conflito e do impacto das sanções que podem ser tomadas contra a Rússia”, disse a consultoria Agritel.
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