Ministério da Agricultura da Argentina reduz projeção da produção de milho nacional em 10%
O Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina divulgou seu informe semanal de estimativas agrícolas atualizando seus dados para a safra de milho 2021/22. Segundo a publicação, os trabalhos de plantio da nova safra seguem avançando pelo país e atingiram os 98,5% do total.
Este índice avança 0,5 pontos percentuais com relação à semana anterior e fica 1,5 pontos à trás do que era registrado neste período para a safra anterior 2020/21.
As regiões que ainda não encerraram as atividades são Formosa (55%), Chaco Pcia. R. S. Peña (68%), Chaco Charata (72%), Stgo. Estero Quimili e Avellaneda (95%) e Stgo. Estero (98%).
A área total para ser implantada segue projetada em 10,1 milhões de hectares, patamar 4,1% maior do que o registrado na temporada passada 2020/21 que teve 9,7 milhões de hectares e produziu 60,5 milhões de toneladas.
“A área implantada estimada é mantida em relação ao mês anterior. Essa área inclui não apenas a produção de grãos comerciais, mas também a destinada ao autoconsumo do produtor, silagem, uso diferido, etc”, aponta o relatório.
Falando sobre as projeções de produção, os técnicos do Ministério esperam uma redução de 10% na perspectiva inicial de 60,5 milhões de toneladas, com as lavouras plantadas primeiro sofrendo mais e as mais tardias conseguindo elevar as médias nacionais.
“A situação de estiagem prolongada nas fases críticas da safra afetará a produtividade dos lotes plantados precocemente, em muitos casos aumentando seu uso como reserva forrageira. No caso do milho de semeadura tardia ou segunda semente, as chuvas ocorridas durante o mês de janeiro favoreceram a reversão dos sintomas de escassez hídrica que começavam a ser visíveis, alcançando uma grande recuperação da safra. Em ambos os casos, sugere-se que a lavoura não atingirá o potencial produtivo esperado no início da campanha e estima-se um decréscimo na produção de cerca de 10%. O aumento do cultivo de milho no final da temporada compensou parcialmente a queda na produção”.
Para a província de Córdoba, o Ministério destaca que, “o sul da província é a região em que a escassez de água teve o menor impacto no perfil e onde a recuperação das plantas após as chuvas foi mais evidente. Espera-se uma diminuição da produtividade, que ficará entre 133 e 140 sacas por hectare nos departamentos de General Roca e Presidente Sáenz Peña, respectivamente”.
Já em Entre Ríos, persistem rendimentos muito baixos na delegação de Rosario del Tala. “Na maioria dos lotes não ultrapassam 66 sc/ha, salvo algumas exceções isoladas naqueles que foram mais favorecidos por algumas chuvas ou efeito do solo, que apresentam rendimentos entre 91 e 133 sc/ha”.
Na delegação de Quimilí, uma das únicas em que a colheita segue acontecendo, a falta de chuvas não permitiu que a semeadura continuasse além dos 95%. “A umidade do solo não era a ideal, mas já estava dentro dos limites da data de semeadura”, diz a publicação.
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