Milho: B3 recua nesta 3ªfeira, mercado deve seguir firme até maio

Publicado em 25/01/2022 16:36
Chicago se valoriza com aumento da tensão na Ucrânia

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Após operarem próximos da estabilidade durante boa parte da terça-feira (25), os preços futuros do milho encerraram o preço da Bolsa Brasileira (B3) com leves recuos.

O vencimento março/22 foi cotado à R$ 100,58 com queda de 0,38%, o maio/22 valeu R$ 98,50 com desvalorização de 0,46%, o julho/22 foi negociado por R$ 91,60 com baixa de 0,21% e o setembro/22 tinha valor de R$ 90,71 com perda de 0,35%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado segue firme com o comprador querendo milho e pagando na faixa dos R$ 100,00 no Sul de Santa Catarina, por exemplo.

“O mercado é firme e, pelo menos até maio, não tem muito o que mudar. Depois, vai depender da safrinha no segundo semestre, mas até maio continua com folego positivo porque tem demanda”, pontua Brandalizze. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho subiu neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorizações em nenhuma das praças, mas encontrou valorizações em Não-Me-Toque/RS, Ponta Grossa/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO e Rio Verde/GO.

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “o começo avanço da colheita no Sul e início em São Paulo arrefece a demanda estabilizando a saca em Campinas/SP nos R$ 98,00”.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) terminou a terça-feira com resultados em campo misto para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,20 com queda de 1,00 ponto, o maio/22 valeu US$ 6,18 com alta de 1,00 ponto, o julho/22 foi negociado por US$ 6,14 com elevação de 3,50 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 5,82 com ganho de 2,00 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (24), de 0,16% para o maio/22, de 0,66% para o julho/22 e de 0,34% para o setembro/22, além de baixa de 0,16% para o março/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho estenderam posições de alta com os temores de uma ação militar russa na Ucrânia deixando os comerciantes nervosos com uma possível interrupção no fornecimento dos exportadores do Mar Negro.

A publicação alerta que, a Rússia reuniu cerca de 100.000 soldados ao alcance da fronteira da Ucrânia, alarmando o Ocidente de que Moscou está se preparando para um novo ataque militar.

“Interrupções nos fluxos de grãos da região do Mar Negro podem deixar os importadores lutando por alternativas, como a União Europeia e os Estados Unidos, e adicionar mais combustível à inflação de alimentos”, aponta Tom Polansek da Reuters Chicago.

A Agência ainda destaca que, a Ucrânia deverá ser o terceiro maior exportador de milho do mundo na temporada 2021/22 e o quarto maior exportador de trigo, segundo dados do Conselho Internacional de Grãos. A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo.

“Não há como saber como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia afetará o fluxo de trigo para fora da região do Mar Negro, mas o comércio está criando um prêmio de risco no mercado de trigo apenas por precaução e parte dessa força está se espalhando pelo mercado de milho”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit. Corretora de Commodities em Iowa.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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