Milho tem mais um dia de valorização e B3 encosta nos R$ 100,00
A quarta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho seguindo o caminho altista na Bolsa Brasileira (B3) e encostando aos R$ 100,00 a saca.
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 99,99 com elevação de 0,59%, o maio/22 valeu R$ 97,38 com valorização de 1,02%, o julho/22 foi negociado por R$ 90,51 com alta de 0,29% e o setembro/22 teve valor de R$ 89,88 com ganho de 0,64%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 já apontou que está na hora de bater os R$ 100,00 com as perdas aparecendo cada vez mais com o avanço das colheitas.
“Os preços já estão girando nesse patamar, chegando perto do valor e já deveriam estar em R$ 101,00, que é o indicativo do comprador no Rio Grande do Sul e não existem vendedores”, explica Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou poucas flutuações nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Amambai/MS. Já as valorizações apareceram em Cascavel/PR, São Gabriel do Oeste/MS e Oeste da Bahia.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, “com vendedores na defensiva, demanda vai aceitando os preços levando a saca em Campinas/SP para R$ 97,50”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou as atividades desta quarta-feira contabilizando movimentações altistas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,10 com valorização de 11,00 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,11 com ganho de 11,00 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,07 com elevação de 10,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,78 com alta de 7,50 pontos.
Esses índices representam valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (19), de 184% para o março/22, de 1,83% para o maio/22, de 1,85% para o julho/22 e de 1,40% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, as preocupações com o clima impulsionaram o milho, já que os investidores ignoraram as chuvas recentes nas principais áreas de cultivo da América do Sul.
“Os comerciantes percebem que, embora as chuvas desta semana sejam boas na América do Sul, muito risco permanece para o resto da estação de cultivo na Argentina, com os modelos de fevereiro secando”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da corretora StoneX.
A publicação também destaca o papel das tensões entre Rússia e Ucrânia ao longo da fronteira dos dois países para ajudar nestas elevações.
“As tensões entre a Rússia e a Ucrânia atingiram um novo recorde, com autoridades americanas e europeias falando como se um conflito militar fosse iminente, o que poderia interromper as exportações de milho e trigo da região, apertando ainda mais a oferta mundial”, acrescentou Suderman.
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