Milho: Chicago reage pouco ao USDA e milho fica levemente mais baixo nesta 4ªfeira
A quarta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando levemente mais altos ao longo de todo o dia na Bolsa Brasileira (B3) e registrando flutuações entre R$ 93,00 e R$ 98,00 para os três primeiros contratos.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 95,80 com valorização de 0,90%, o março/22 valeu R$ 98,15 com alta de 0,46%, o maio/22 foi negociado por R$ 93,90 com ganho de 0,16% e o julho/22 teve valor de R$ 89,50 com queda de 0,77%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado nacional está parado nestes últimos dias com os produtores focados na colheita e entregando no balcão, com as cooperativas e indústrias que recebem segurando o milho.
A SAFRAS & Mercado comenta que o mercado brasileiro de milho está em meio ao cenário de oferta escassa, especialmente no Sul do Brasil, e isso deixa as cotações firmes.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado segue com pouca oferta no Sul, e tenta assumir no país a faixa de R$ 95,00 a R$ 100,00 a saca em várias regiões.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais um dia de altas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Brasília/DF, mas se deparou com valorizações em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Castro/PR, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Oeste da Bahia e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho os preços continuam a avançar com a demanda ativa em virtude da menor produção de milho 1ª safra, com a saca em Campinas em R$ 95,00”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) reagiu com poucas movimentações após as divulgações dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira e fechou o dia em baixa para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 5,99 com perda de 2,00 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,00 com baixa de 1,75 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 5,98 com queda de 2,00 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,71 com alta de 0,25 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última terça-feira (11), de 0,33% para o março/22, para o maio/22 e para o julho/22, além de elevação de 0,18% para o setembro/22.
Segundo informações do site internacional Barchart, após uma elevação inicial, os futuros de milho foram ficando mais fracos à medida que a divulgação de dados do USDA ia sendo digerida pelo mercado.
Outro site internacional, o Farm Futures, destaca que os aumentos na produção de milho dos Estados Unidos em 2021 acabaram compensando as safras menores do Brasil e da Argentina.
“O pacote de relatórios do USDA de janeiro de 2022 não moveu os mercados de forma tão significativa quanto os relatórios anteriores de janeiro. Parece que muitos dos ajustes, especialmente as reduções de milho e soja na América do Sul, já foram precificados antes da divulgação do relatório”, diz Jacqueline Holland, analista de mercado de grãos da Farm Futures.
“Embora os cortes nas exportações de milho tenham impedido uma alta do milho hoje, a perspectiva de fortes taxas de uso doméstico provavelmente permitirá que os agricultores vejam maiores ofertas em dinheiro dos processadores de milho nos próximos meses do que os compradores de exportação”, diz Holland.
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