Milho recua 1% na B3 e na CBOT em 4ªfeira de realização de lucros
A quarta-feira (05) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo do lado negativo da Bolsa Brasileira (B3). Mesmo assim, as principais cotações permaneceram na faixa de negociação entre R$ 89,00 e R$ 96,00.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 93,37 com queda de 0,62%, o março/22 valeu R$ 96,90 com perda de 0,41%, o maio/22 foi negociado por R$ 92,88 com baixa de 0,13% e o julho/22 teve valor de R$ 89,29 com desvalorização de 1,12%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o movimento do dia é um movimento de realização de lucros, após as cotações terem subido com bons fundamentos diante das quebras de safra da primeira safra da América do Sul.
“Se olharmos as primeiras cotações em R$ 93,00 para março e os R$ 89,00 em julho isso mostra o potencial da safrinha de recompor essas primeiras perdas com o milho já abaixo dos R$ 90,00”, pontua Brandalizze.
Já no mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho tiveram mais um dia positivo nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças pesquisadas, mas se deparou com valorizações em Panambi/RS, Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Brasília/DF, Eldorado/MS, Oeste da Bahia, Campinas/SP e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Radar Investimentos, “gradativamente, os produtores e vendedores surgem no mercado físico. Os negócios ainda estão em ritmo lento e as chuvas seguem frequentes em boa parte do Brasil, exceto em algumas regiões do PR e RS”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também recuou nesta quarta-feira para os preços internacionais do milho futuro, devolvendo parte dos ganhos obtidos no pregão de ontem.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,02 com desvalorização de 7,25 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,02 com baixa de 6,75 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,00 com perda de 6,25 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,67 com queda de 4,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última terça-feira (04), de 1,15% para o março/22, de 1,15% para o maio/22, de 0,99% para o julho/22 e de 0,87% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho cedeu nesta quarta-feira após subir forte no último pregão apoiado nos riscos climáticos para as lavouras da América do Sul que podem resultar em perdas de produtividade.
“Um pouco de venda corretiva e talvez alguma venda agrícola depois de termos um grande rali ontem”, disse Jack Scoville, analista de mercado do The Price Futures Group.
A publicação desta que, um período de calor e seca na Argentina e no sul do Brasil desviou a atenção de volta para as perdas potenciais de rendimento das safras de soja e milho nos principais países exportadores.
“O clima na Argentina mudou drasticamente desde meados de dezembro, com a seca ameaçando as safras de milho à medida que entram em estágios críticos de desenvolvimento”, disseram analistas ouvidos pela Reuters.
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