Milho: B3 fecha a 5ªfeira praticamente estável e mantendo diferenças entre 1º e 2º semestres de 22
A quinta-feira (09) se encerra com os preços futuros do milho praticamente estáveis na Bolsa Brasileira (B3), mas apresentando leves recuos e mantendo a diferença de quase R$ 100,00 entre as cotações do mês de março/22 e do mês de julho/22.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 93,21 com perda de 0,04%, o março/22 valeu R$ 94,87 com baixa de 0,03%, o maio/22 foi negociado por R$ 88,86 com queda de 0,04% e o julho/22 teve valor de R$ 84,48 com desvalorização de 0,22%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações da B3 seguem refletindo as mudanças de safra e oferta/demanda sazonais. “Vamos passar o primeiro semestre com oferta limitada e, para o segundo semestre do ano que vem, todo mundo segue apostando em uma super safrinha que vai ter condições de plantar na hora certa e ter clima bom”, diz Brandalizze.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais elevações do que quedas nesta quinta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas no Porto de Santos/SP, mas percebeu valorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Eldorado/MS e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “com o exportador mais ativo, o mercado doméstico acalma diante de novas previsões de chuvas para a região Sul, com a saca negociada em Campinas/SP sinalizando acomodação em R$ 87,00/sc”.
A SAFRAS & Mercado aponta que, o mercado brasileiro de milho deve registrar negócios lentos. O clima seco no Rio Grande do Sul ainda deve ajudar a sustentar os preços no país
Ainda nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu terceiro boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para a temporada 2021/22 elevando a projeção de produção da primeira safra de milho brasileira, apesar de analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas colocarem em xeque esta elevação.
“O mercado brasileiro de milho apresentou preços estáveis. O ritmo também foi calmo na comercialização. Segue a apreensão com o clima no Rio Grande do Sul, com a falta de chuvas dando suporte aos preços”, relata a consultoria.
Para a safra de verão, a entidade ampliou a estimativa de plantio dos 4,457 milhões de hectares divulgados no mês passado para 4,506 milhões de hectares, representando um aumento de 3,7% em relação à safra verão 2020/21. Já a produção foi projetada em 29,066 milhões de toneladas, patamar maior do que as 28,6 milhões de toneladas estimadas e novembro e do que as 28,327 milhões estimadas em outubro, um amento de 17,6% em comparação ao exercício anterior.
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Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou o penúltimo dia da semana contabilizando pequenas elevações para os preços internacionais do milho futuro, que tiveram muita volatilidade ao longo desta quinta-feira.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,88 com alta de 3,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,91 com valorização de 4,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,93 com ganho de 4,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,91 com elevação de 3,00 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (08), de 0,68% para o dezembro/21, de 0,68% para o março/22, de 0,68% para o maio/22 e de 0,51% para o julho/22.
Segundo informações da Agências Reuters, os futuros do milho seguiram a queda do trigo após a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), mas prontamente se recuperaram de suas baixas nas compras especulativas e técnicas, seguindo os dados do USDA, que traders e analistas disseram ser neutros para as duas commodities.
O USDA deixou suas perspectivas para os estoques finais de milho dos Estados Unidos inalteradas em 340 milhões de bushels (8,636 milhões de toneladas), enquanto os analistas esperavam, em média, estoques menores de milho.
A agência também aumentou os estoques globais de milho em meio a safras maiores na Ucrânia e na União Europeia e uma safra menor na China.
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