Vendedores encontram mercado sem compradores e milho cai na B3 nesta 5ªfeira
A quinta-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando novos recuos na Bolsa Brasileira (B3), segurando as principais cotações entre R$ 82,00 e R$ 85,00 a saca.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 84,06 com perda de 1,22%, o janeiro/22 valeu R$ 84,70 com baixa de 1,85%, o março/22 foi negociado por R$ 84,99 com desvalorização de 2,22% e o maio/22 teve valor de R$ 81,66 com queda de 0,84%.
Para o analista da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 operou, de maneira geral, em queda nesta quinta-feira porque continua tendo muito milho, com os produtores tentando vender o cereal e o comprador fora de ação.
“As grandes indústrias de ração já estão praticamente paradas para o final do ano, com paralização total para manutenção, limpeza e férias coletivas em mais três ou quatro semanas. Demanda interna fraca, poucos negócios de exportação e mercado acomodado”, diz Brandalizze.
Na avaliação do Itaú BBA, “a redução das exportações, aliada ao bom avanço da semeadura e desenvolvimento da safra de verão acabaram pressionando as cotações no mercado doméstico. Além disso, a perspectiva de uma safra de soja recorde tem levado ao aumento da disponibilidade de milho ao mercado por parte dos produtores que ainda possuem estoques”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também caiu nesta quinta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações em nenhuma das praças, mas as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rio do Sul/SC, Dourados/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Oeste da Bahia e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações do milho seguem a trajetória de baixa com a queda do dólar, o USDA aumentando os estoques de milho nos EUA e o desenvolvimento ocorrendo de vento em popa no mercado doméstico. Os negócios do físico estão relativamente calmos, mas as marcações de preços são menores de semana em semana”.
Ainda nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou suas novas perspectivas para a safra de milho brasileira ampliando a projeção de produção de safra verão 2021/22 das 28,3 milhões de toneladas previstas em outubro para 28,6 milhões de toneladas agora.
O relatório também reduziu as expectativas de consumo interno e de exportações para a temporada 2020/21, o que resultou em uma elevação na projeção de estoques finais do ciclo, saindo dos antigos 6,9 milhões de toneladas para 7,6 milhões de toneladas.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia bastante volátil para os preços internacionais do milho futuro, que começaram a quinta-feira em baixa, passaram a subir no meio do dia e encerraram o pregão em campo misto, com flutuações próximas da estabilidade.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,69 com alta de 0,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,78 com queda de 0,75 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,82 com perda de 1,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,83 com baixa de 1,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (10), de 0,17% para o maio/22 e para o julho/22, além de estabilidade para o dezembro/21 e para o março/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho ficaram de estáveis a mais fracos em uma sessão agitada, já que os comerciantes pesaram os firmes mercados à vista dos Estados Unidos em relação a um dólar mais forte e à incerteza na demanda de exportação da China.
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