Milho fecha 2ªfeira com pequenas baixas na B3
A segunda-feira (08) chega ao final com os preços futuros do milho levemente recuados na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 86,95 com queda de 0,18%, o janeiro/22 valeu R$ 87,20 com baixa de 0,09%, o março/22 foi negociado por R$ 87,38 com desvalorização de 0,48% e o maio/22 teve valor de R$ 83,25 com perda de 0,42%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado interno segue estável e acomodado, sem muitas mudanças, enquanto o mercado de porto dá chances de novos negócios.
“Está saindo algum movimento novo de exportação, uma parte do milho que está na mão do produtor não deve sair para venda agora em novembro e dezembro, apenas em janeiro para deixar em outro ano fiscal”, aponta Brandalizze.
Na primeira semana de novembro o Brasil exportou 447.194,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume acumulado nestes 3 primeiros dias úteis do mês representa apenas de 9,44% das 4.732.624,1 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de novembro de 2020.
Do lado da importação, o Brasil começou o mês de novembro importando um acumulado de 122.154,5 toneladas de milho. Isso significa que, ao longo dos 3 primeiros dias úteis do mês, o país já recebeu 58,34% do que todo o registrado em novembro de 2020 (209.348,3 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação ficou em 40.718,2 toneladas contra 10.467,4 do mesmo mês do ano passado, aumento de 289%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou quedas nesta segunda-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações nas praças pesquisadas, mas identificou recuos em Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Rio do Sul/SC, Jataí/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Amambai/MS, Oeste da Bahia, Luís Eduardo Magalhães/BA, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado brasileiro de milho abriu a semana lento na comercialização. “O viés ainda é negativo para os preços, com consumidores mostrando pouco interesse nas tratativas e sinalizando para posição de conforto em relação a estoques”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também fechou o primeiro dia da semana com pequenos recuos nos preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,51 com desvalorização de 1,50 pontos, o março/22 valeu US$ 5,61 com perda de 1,25 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,66 com queda de 1,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,68 com baixa de 0,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (05), de 0,36% para o dezembro/21 e de 0,18% para o março/22 e para o maio/22, além de estabilidade para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Bolsa de Valores de Chicago caíram na segunda-feira, uma vez que os traders ajustaram as posições antes da divulgação das principais previsões de safra e estoque do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
A publicação destaca que. em seu relatório mensal de oferta e demanda mundial na terça-feira, o USDA deve aumentar as previsões da safra de soja e milho dos EUA a partir de outubro. A agência também deve cortar suas estimativas de transporte de milho nos EUA e no mundo.
“As grandes safras nos Estados Unidos, o clima quase perfeito para o plantio no Brasil e os sinais de desaceleração das compras do maior comprador, a China, estão aumentando o fornecimento de soja e milho, duas das principais commodities comercializadas globalmente”, relata Tom Polansek da Reuters Chicago.
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