Milho: B3 sobe pouco nesta 6ªfeira, mas não escapa de cair até 4,8% no mês
A sexta-feira (29) chega ao fim com os preços futuros do milho conseguindo se manter levemente mais altos na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 88,50 com ganho de 0,63%, o janeiro/22 valeu R$ 88,83 com elevação de 0,86%, o março/22 foi negociado por R$ 88,60 com alta de 0,68% e o maio/22 teve valor de R$ 85,40 com valorização de 0,34%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam altas de 0,60% para o janeiro/22, de 0,26% para o março/22 e de 0,71% para o maio/22, além de queda de 0,29% para o novembro/21, em comparação com o fechamento da última sexta-feira (22).
Já na comparação mensal, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 3,76% para o novembro/21, de 4,43% para o janeiro/22, de 4,82% para o março/22 e de 3,62% para o maio/22, com relação ao fechamento do último dia 30 de setembro.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro operou levemente positivo em função das leves altas do dólar ante ao real. Nos portos, os preços ficaram ao redor de R$ 88,00 com chance de pagar até R$ 90,00 na virada do ano para exportação.
“Novos negócios de exportação de milho devem chegar agora em novembro. O mercado vinha parado há muito tempo e pode voltar a negociar agora porque temos muito milho parado no interior e a safra de verão está muito boa, então vai ter que desovar esse milho para o mercado internacional”, explica Brandalizze.
Os preços da saca de milho no mercado físico brasileiro se movimentaram pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas na praça de Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram apenas em Ponta Grossa/PR, Palma Sola/SC e Rio do Sul/SC.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho esteve mais travado no final desta semana em relação ao início da mesma nas praças paulistas. O estresse do dólar e dos juros tem colocado os produtores em alerta, que tentam cadenciar no que podem as negociações. Por outro lado, o clima para o plantio no país está favorável”.
A consultoria SAFRAS & Mercado aponta que o mercado brasileiro de milho teve um mês de outubro de preços mais baixos, com cotações caindo diante da melhora na oferta, com os compradores mostrando um melhor posicionamento em seu abastecimento e estando mais retraídos. Assim, o mês foi de lentidão nos negócios e de graduais declínios nos preços.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado interno brasileiro segue ignorando qualquer variável adicional problemática que possa surgir mais à frente na oferta. “Após um ano de preços recordes internos, o mercado parece agora somente pensar em reacomodação de preços e custos e levar o ambiente de preços para a paridade de exportação ou abaixo dela, mesmo que isto implique em novas consequências de curto prazo” diz.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também fechou a semana contabilizando novos avanços para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,67 com valorização de 5,50 pontos, de março/22 valeu US$ 5,76 com ganho de 5,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,79 com alta de 4,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,78 com elevação de 4,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (28), de 0,89% para o dezembro/21, de 0,88% para o março/22, de 0,70% para o maio/22 e de 0,70% para o julho/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam elevações de 5,39% para o novembro/21, de 5,49% para o janeiro/22, de 5,79% para o março/22 e de 4,90% para o maio/22, em comparação com o fechamento da última sexta-feira (22).
Já na comparação mensal, os futuros do milho acumularam valorizações de 5,78% para o novembro/21, de 5,88% para o janeiro/22, de 5,46% para o março/22 e de 5,28% para o maio/22, com relação ao fechamento do último dia 30 de setembro.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos subiram na sexta-feira pelo quarto dia consecutivo, com o apoio da desaceleração da colheita no meio-oeste, que deixou os usuários finais em busca de suprimentos.
“Ainda estamos tentando subir o suficiente para atrair algum movimento de produtores um pouco maior”, disse Don Roose, presidente da US Commodities, sediada em Iowa.
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