B3 segue o dólar e milho cai nesta segunda-feira
A segunda-feira (25) chega ao término com os preços futuros do milho levemente mais baixos nas movimentações da Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 87,70 com desvalorização de 1,19%, o janeiro/22 valeu R$ 87,36 com queda de 1,06%, o março/22 foi negociado por R$ 87,75 com perda de 0,70% e o maio/22 teve valor de R$ 84,48 com baixa de 0,38%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está seguindo as movimentações do dólar em queda nesta segunda-feira e também liquidando com posições um pouco mais fracas.
“Mas o mercado está estável e numa calmaria com o pessoal vendendo pouco e o comprador também não muito agressivo. A semana começa calma para o milho já que o pessoal está de olho no campo”, afirma Brandalizze.
Neste primeiro dia da semana, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgou que nas quatro primeiras semanas de outubro, o Brasil exportou 1.400.473,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce).
Esse valor soma 704.127,3 toneladas as 696.346,6 acumuladas nas duas primeiras semanas do mês. Apesar da elevação, o volume acumulado nestes quinze primeiros dias úteis do mês representa apenas de 27,9% das 5.003.812,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de outubro de 2020.
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Ao mesmo tempo, o Brasil importou 436.606,8 toneladas de milho. Isso significa que, nos quinze primeiros dias úteis do mês, o país já recebeu 128,8% a mais do que todo o registrado em outubro de 2020 (190.809,9 toneladas). Os preços pagos por tonelada importada subiram 82,15% saindo de US$ 131,10 para US$ 238,80.
No mercado físico brasileiro, os preços do milho também recuaram nesta segunda-feira. Nenhuma valorização foi encontrada pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, que verificou desvalorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no mercado físico, as negociações estão calmas e o apetite da demanda nos próximos meses dá sinais de enfraquecimento”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “a semana trouxe relativa liquidez aos preços do cereal que recuaram para R$ 89,00/sc em Campinas/SP, mas com o dólar ajudando a sustentar e limitando queda mais significativa”.
Anda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as recentes desvalorizações do milho no mercado interno e as altas dos preços nos portos têm diminuído a diferença entre as cotações médias dessas regiões.
“Nesta parcial de outubro (até o dia 22), os valores médios do cereal nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP) estão apenas 8,98 Reais/saca de 60 kg e 8,46 Reais/sc abaixo do Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP), as menores diferenças registradas nesta segunda safra”, diz a publicação.
Os técnicos do Cepea ressaltam que, “em julho, início da segunda temporada, a diferença entre os valores era de mais de R$ 20,00/saca, com vantagem para o Indicador. Já na comparação com outubro de 2020, quando as exportações estavam aquecidas, o Indicador operava próximo de R$ 2,00 acima dos valores nos portos”.
No geral, segundo colaboradores do Cepea, consumidores seguem afastados do spot nacional, sinalizando ter estoques, sobretudo para curto prazo, enquanto vendedores estão mais flexíveis nos valores, apesar de evitarem negociar grandes volumes. Já nos portos, as cotações são sustentadas pela valorização do dólar frente ao Real e pelas altas nos preços externos.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) finaliza o primeiro dia da semana com os preços internacionais do milho futuro estáveis.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,38 com estabilidade, o março/22 valeu US$ 5,46 com estabilidade, o maio/22 foi negociado por US$ 5,50 com queda de 0,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,51 com alta de 0,25 pontos.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22), para o dezembro/21, para o março/22, para o maio/22 e para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho atingiu seu nível mais alto em mais de duas semanas no início da sessão, com suporte dos contratos futuros de trigo e do petróleo bruto, mas os preços recuaram com a continuação da sessão, já que as chuvas oportunas deram um impulso às plantações de milho na América do Sul e as exportações semanais dos Estados Unidos foram fracas.
Os EUA exportaram 545.127 toneladas na semana encerrada em 21 de outubro, uma queda de quase 20% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
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As inspeções de exportação de milho para o ano comercial que começa em 1º de setembro estão em 4,71 milhões de toneladas métricas, queda de 23,6% em relação ao ano passado. “Essas inspeções de milho são menos da metade do que precisamos em uma média semanal para atingir as previsões de exportação do USDA. Não temos compradores realmente querendo nosso produto agora”, disse Karl Setzer, analista de risco de commodities da Agrivisor.
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