Milho: 5ªfeira registra recuo na B3 ficando entre R$ 87 e R$ 89
A quinta-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As primeiras cotações aprofundaram recuos ao longo do dia, mas os contratos após o primeiro trimestre de 2022 subiram.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 88,55 com baixa de 1,39%, o janeiro/22 valeu R$ 88,52 com desvalorização de 1,78%, o março/22 foi negociado por R$ 89,37 com perda de 1,61% e o maio/22 teve valor de R$ 87,71 com queda de 0,13%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o produtor brasileiro está buscando vendas nesta semana, o mercado está ofertado e os pequenos compradores granjeiros voltaram ao mercado, o que fez fluir alguns negócios.
“Os níveis estão na faixa dos R$ 90,00 a R$ 94,00, no máximo, junto aos consumidores do Sul e Sudeste e vai caminhando por aí, não vai mudar muito. O mercado de porto fica na faixa de R$ 86,00 a R$ 88,00, o que não tem negócios novos, mas atua como limitante de queda”, comenta Brandalizze.
Ainda nesta segunda-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu primeiro boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para a temporada 2021/22 e trouxe dados sobre as três safras de milho, além de projeções sobre oferta e demanda brasileiras.
Para a primeira safra de verão, a entidade estimou o plantio de 4,414 milhões de hectares, o que representaria um aumento de 1,6% com relação ao que foi semeado na safra verão 2020/21. Já a produção foi projetada em 28,327 milhões de toneladas, aumentando assim 14,5% em comparação ao exercício anterior.
Na soma das próximas três safras que compõem o novo ciclo, a expectativa é para a produção de 116,3 milhões de toneladas diante de um aumento de 28% na produtividade das lavouras.
>> Conab estima safra de milho verão 21/22 maior e ciclo total com 116,3 milhões de toneladas
No mercado físico brasileiro, o preço da saca do cereal também recuou neste penúltimo dia da semana. As únicas valorizações encontradas pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas foram as de Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Por outro lado, desvalorizações foram constatadas em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Brasília/DF, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “os preços do cereal no mercado interno seguem tensionados por um movimento de compra internacional pelo milho brasileiro, mantendo o nível de R$ 92,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia de muita volatilidade para os preços internacionais do milho futuro que começaram a quinta-feira subindo, passaram a cair e retornaram ao campo positivo.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,34 com elevação de 1,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,43 com valorização de 2,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,48 com alta de 1,75 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 5,48 com ganho de 1,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (06), de 0,38% para o dezembro/21, de 0,37% para o março/22, de 0,37% para o maio/22 e de 0,37% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho ficaram estáveis e firmes, com investidores apostando posições antes de um importante relatório do governo que atualizará a previsão para a produção dos Estados Unidos.
“Fundamentalmente, o comércio agora está focado nos números do lado da oferta do USDA que serão atualizados na próxima terça-feira”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em uma nota.
Analistas esperavam que o relatório mensal do USDA sobre as estimativas de oferta e demanda agrícola mundial na terça-feira previsse a produção de milho dos EUA em 14,973 bilhões de bushels (380,314 milhões de toneladas), abaixo da estimativa de setembro de 14,996 bilhões (380,898 milhões).
“O clima tem sido favorável para um bom progresso na colheita no cinturão do milho, enquanto os rendimentos têm se mantido bem até agora”, disse a consultoria Agritel em nota.
Já na Argentina, o plantio do milho safra 2021/22 segue avançando. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima plantio em 21,1%, enquanto o Ministério da Agricultura da Argentina aponta 26% já semeados.
Os dois órgãos destacam ocorrência de dificuldades climáticas localizadas em algumas lavouras argentinas como geadas, estresse hídrico e ataque de pragas.
>> Lavouras de milho já germinadas na Argentina são impactadas por geadas, aponta Bolsa de Buenos Aires
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