Famasul consolida safrinha de milho do MS com queda de 48,9% na produtividade e produção de 6,5 milhões de toneladas
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural fazendo o balanço final da segunda safra de milho do estado, consolidando números de cultivo, produtividade, produção e comercialização.
De acordo com o levantamento, o Mato Grosso do Sul semeou 2.280.560,47 hectares nesta safrinha, um incremento de 20,3% ante aos 1,895 milhões do ciclo passado. A produtividade média foi fechada em 47,71 sacas por hectare contra a expectativa inicial de 75 sacas e o patamar anterior 48,9% maior com 93,4 sacas.
Sendo assim, a produção final ficou em 6.528.332,40 toneladas ante a projeção inicial de 9,013 milhões de toneladas e as 10,618 milhões de toneladas de 20/21, uma redução anual de 38,5%.
“O levantamento da produtividade de milho foi realizado entre os dias 02 de agosto e 24 de setembro de 2021, completando 8 semanas de acompanhamento, que permitiu obter uma amostragem significativa, tendo em vista os diferentes níveis de produtividade relacionados à época de plantio”, relatam os técnicos.
A publicação aponta ainda que, a produtividade média do MS manteve-se baixa devido aos eventos climáticos que afetaram todos os municípios e principalmente os principais municípios produtores, como Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante, que tiveram médias entre 36,2 e 58,9 sc/há.
“Os principais problemas foram as estiagens prolongadas e geadas no período de desenvolvimento da safra”, explica.
Pelo lado do mercado, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul permaneceu estável entre 27 de setembro e 04 de outubro, sendo negociada ao valor médio de R$ 81,75 na última segunda-feira.
“A estabilidade nos preços do milho é mantida pela valorização do Dólar frente ao Real”, diz a Famasul.
Já ao longo de outubro, o valor médio foi R$ 81,75 a saca, representou alta de 30,99% em relação ao valor médio de R$ 62,41/sc no mesmo período de 2020.
Até o momento, os produtores sul-mato-grossenses já comercializaram 70,55% da sua safra, um valor 14 pontos porcentuais acima do índice apresentado em igual período de 2020 para a safra 2020.
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