Milho: cotações da B3 ficam em campo misto em meio à poucos negócios
A terça-feira (05) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3) e encerrando as atividades do dia flutuando em campo misto.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 90,22 com queda de 0,11%, o janeiro/22 valeu R$ 90,46 com perda de 0,55%, o março/22 foi negociado por R$ 90,87 com baixa de 0,46% e o maio/22 teve valor de R$ 87,80 com alta de 0,37%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o dólar em alta tentou ajudar os investidores a criarem um suporte na B3 que estava em queda ontem.
“A B3 está ao redor dos R$ 90,00 e o mercado de porto na faixa de R$ 85,00 não tem negócios de exportação. O mercado também continua recebendo milho importado e os grandes consumidores das rações seguem de fora”, pontua Brandalizze.
No mercado físico, a saca do cereal encerrou o segundo dia da semana com bastante volatilidade e com movimentações altistas e baixistas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Dourados/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Amambai/MS, Campinas/SP, Porto Paranaguá/PR e Porto Santos/SP.
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rio do Sul/SC, Jataí/GO, Eldorado/MS, Oeste da Bahia, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a semana se inicia com pouca liquidez no mercado doméstico, mantendo o cereal em Campinas/SP no nível de R$ 92,00/sc”.
Enquanto isso, o Paraná já semeou 75% das lavouras da safra de verão com 77% das lavouras já entrando em descanso vegetativo e os 23% restantes ainda em germinação, conforme apontou o Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Plantio do milho vai a 75% no Paraná, aponta Deral
O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) relatou que o Mato Grosso deve aumentar 6,44% na área cultivada com milho da safra 21/22, atingindo assim o patamar de 6,22 milhões de hectares. A produtividade dever subir 14,51% e ir para 106,09 sacas por hectare e resultar em produção de 39,57 milhões de toneladas, 21,53% maior.
Imea projeta safra 6,44% maior de milho e produtividade saltando 14,5% no Mato Grosso
A consultoria StoneX relatou que o plantio da safra de verão está mais acelerado do que o mesmo período da safra passada tanto no Rio Grande do Sul quanto no Paraná. A expectativa da StoneX é que o Brasil produza 30,05 milhões de toneladas nesta primeira safra contra as 25,77 milhões da temporada passada.
Somando essa produção as estimativas da segunda safra, a produção total do país seria de 114,22 milhões de toneladas no ciclo 2021/22, um patamar superior às 86,63 milhões registradas na temporada 2019/20.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta terça-feira contabilizando recuos para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,37 com queda de 3,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,46 com perda de 3,75 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,50 com baixa de 4,00 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,51 com desvalorização de 4,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (05), de 0,56% para o dezembro/22, de 0,55% para o março/22, de 0,72% para o maio/22 e de 0,72% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, as perdas dos futuros de milho desta terça-feira em Chicago sofreram influência da fraqueza das cotações do trigo, que caíram devido à realização de lucros, após três dias consecutivos de ganhos.
A publicação ainda destaca que o ritmo acelerado de colheita no meio-oeste dos Estados Unidos também contribuiu para pressionar os mercados.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou na tarde de segunda-feira que a safra de milho estava 29% concluída, acima da média de cinco anos de 22% e em linha com as expectativas do mercado.
“A chegada desses novos suprimentos está pressionando os preços”, disse a consultoria Agritel em nota.
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