Milho: B3 se reposiciona mais baixa na 5ªfeira e fecha setembro em campo misto
A quinta-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho registrando posições negativas na Bolsa Brasileira (B3) pela primeira vez na semana, após somar altas nos três pregões anteriores.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 91,96 com desvalorização de 1,57%, o janeiro/22 valeu R$ 92,95 com queda de 1,54%, o março/22 foi negociado por R$ 93,09 com perda de 1,32% e o maio/22 teve valor de R$ 88,61 com baixa de 0,94%.
Já na comparação mensal, os futuros do milho acumularam ganhos de 2,35% para o setembro/21, de 0,37% para o novembro/21 e de 0,29% para o maio/22, além de recuo de 1,13% para o janeiro/22, de 0,97% para o março/21 com relação ao fechamento do último dia 31 de agosto.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 reposicionou suas cotações com baixas porque estamos entrando em outubro, que normalmente, é o último dos grandes meses de negócios de milho antes da parada das indústrias de ração.
“Entre outubro e novembro elas param de comprar e começam só a receber o que já compraram, porque em dezembro elas param para férias coletivas e manutenção de equipamentos. Então são poucas semanas ainda para negócios e tem muito milho nas mãos dos produtores. Vai sobrar milho para o ano que vem”, afirma Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho permaneceu praticamente estável neste último dia de setembro. No levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única valorização apareceu em Castro/PR, enquanto as únicas desvalorizações foram vistas em Amambaí/MS e Oeste da Bahia.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
A análise da Agrifatto Consultoria aponta que, “o fortalecimento do dólar no mercado internacional torna menos atrativa a importação do milho, resultando em sustentação dos preços nos mercados físico e futuro. Em Campinas/SP o grão é negociado na casa dos R$ 92,00/sc”.
O reporte diário da Radar Investimentos acrescenta que, “no mercado interno, o foco nas próximas semanas será sobre o ritmo do plantio da safra verão no Sul do país”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) abriu a quinta-feira em alta para os preços internacionais do milho futuro à espera dos números de estoques do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), mas passaram a recuar após a divulgação do relatório.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,36 com queda de 2,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,44 com baixa de 2,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,49 com desvalorização de 2,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,49 com perda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (29), de 0,56% para o dezembro/21, de 0,55% para o março/22, de 0,36% para o maio/22 e de 0,36% para o julho/22.
Já na comparação mensal, os futuros do milho acumularam altas de 0,37% para o dezembro/21, de 0,37% para o março/22, de 0,37% para o maio/21 e de 1,10% para o julho/22, além de recuo de 5,81% para o setembro/21, com relação ao fechamento do último dia 31 de agosto.
Vlamir Brandalizze explica que as quedas do milho se dão em função de os números do USDA terem sido maiores do que o esperado pelo mercado, mas ficaram mais comedidas do que as da soja, já que os patamares divulgados ainda ficaram próximos às expectativas do mercado.
“O USDA apontou estoque final de milho em 31,5 milhões de toneladas enquanto o mercado esperava de 29,5 a 30,5 milhões. Então veio um pouquinho acima do esperado pelo mercado, mas ainda bem abaixo da média, no ano passado o fechamento do ano foi com 48,7 milhões de toneladas”, relata Brandalizze.
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