Milho sobe na B3 nesta 3ªfeira com dólar impulsionando pelo segundo dia
A terça-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo positivos na Bolsa Brasileira (B3), emendando o segundo dia consecutivo de altas após acumular perdas na semana anterior.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 93,21 com elevação de 0,36%, o janeiro/22 valeu R$ 94,06 com queda de 0,08%, o março/22 foi negociado por R$ 94,06 com alta de 0,22% e o maio/22 teve valor de R$ 89,35 com valorização de 0,25%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue a lógica do dólar, que avança forte e acaba favorecendo a exportação com R$ 86,00 a R$ 87,00 para novembro no embarque e dificultando negócios da importação.
“Nesse momento não tem grandes pressões nem do lado comprador e nem do lado vendedor”, afirma Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou elevações nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Luís Eduardo Magalhães/BA, mas se deparou com valorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP, Porto Paranaguá/PR e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira:
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “ainda abastecidos e longe dos negócios, os grandes compradores de milho aguardam e permanecem na defensiva com a redução das ofertas no mercado físico, sustentando a saca do cereal nos R$ 90,00/sc, em Campinas/SP”.
A consultoria SAFRAS & Mercado destaca que, o mercado brasileiro de milho pode vir a trabalhar com preços de estáveis a mais altos, em meio ao menor interesse de venda por parte dos produtores, já que o foco segue no plantio da safra de verão.
“O mercado brasileiro de milho abriu a semana com preços firmes, de estáveis a mais altos. Aparentemente o mercado apresentou menor pressão de venda”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também segui na mesma trajetória durante toda a terça-feira, mas este foi um caminho negativo para os preços internacionais do milho futuro que voltaram a recuar após subir na segunda-feira.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,32 com desvalorização de 7,00 pontos, o março/22 valeu US$ 5,40 com perda de 6,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,45 com queda de 6,00 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,45 com baixa de 5,75 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (27), de 1,30% para o dezembro/21, de 1,28% para o março/22, de 1,09% para o maio/22 e de 1,09% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos caíram cerca de 1% na terça-feira devido às preocupações macroeconômicas com a valorização do dólar e a queda dos futuros do petróleo bruto, e às vendas relacionadas à safra que está sendo colhida no coração do meio-oeste.
“Temos um clima sem risco. Você vê isso nas energias e está se espalhando para os grãos. O dólar está substancialmente mais forte e isso tem pressão sobre as commodities como um todo”, disse Ted Seifried, chefe estrategista de mercado do Grupo Zaner Ag Hedge.
A publicação destacou também que, o índice do dólar americano atingiu seu nível mais alto desde o início de novembro, com uma alta nos rendimentos do Tesouro, tornando o dólar mais atraente para os investidores. “Um dólar mais firme também tende a tornar os grãos americanos menos atraentes para quem possui outras moedas”, aponta Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
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